França retoma uso de máscaras devido ao aumento de casos de covid
Por Fidel Forato | Editado por Luciana Zaramela | 26 de Novembro de 2021 às 12h30
A França deve adotar novamente máscaras para a proteção contra a covid-19, segundo o informou o ministro da Saúde Olivier Veran na quinta-feira (25). Além da volta da obrigatoriedade do equipamento de proteção, novas medidas foram apresentadas, como distribuição de doses de reforço, para conter a chamada quinta onda de casos da doença.
A partir de sábado (27), todas as pessoas com mais de 18 anos poderão receber as vacinas de reforço. O intervalo mínimo para a aplicação da dose extra é de 5 meses. O mesmo período é adotado pelas autoridades de saúde do Brasil.
Para estimular novas imunizações, o ministro da Saúde francês informou que o passaporte da vacina — documento obrigatório para a entrada em alguns estabelecimentos, como restaurantes, bares, academias e cinemas — perderá a validade para aqueles que optarem por não receber o reforço em até 7 meses, após completarem o esquema vacinal. A medida entrará em vigor a partir do dia 15 de janeiro.
Segundo o jornal The New York Times, a média móvel de novos casos da covid-19, durante a última semana, foi de 26,7 mil. Enquanto isso, a média de mortes está em 61, por dia. Em relação à média de duas semanas atrás, a de casos subiu em 181% e a de óbitos cresceu em 96%.
De acordo com a plataforma de dados Our World in Data, 69% da população francesa está com o esquema vacinal completo — duas doses —, o que equivale a 46,8 milhões de franceses protegidos.
Máscaras e lockdown na França?
Quanto à readoção das máscaras, o ministro francês lembrou que esta é uma alternativa, mas depende da colaboração geral. "Podemos superar essa onda sem adotar estratégias mais restritivas", comentou Veran sobre o fato de um novo lockdown não ser uma estratégia considerada pelo governo. Por outro lado, alguns países europeus, como a Áustria, já adotaram a medida extrema.
Vale lembrar que o aumento de casos da covid-19 na França não é exclusividade na Europa. O primeiro-ministro da Bélgica, Alexander De Croo, afirmou que novos casos e hospitalizações em decorrência do coronavírus são "maiores do que as previsões mais pessimistas", projetadas na semana passada.
Além disso, o ministro da Saúde holandês afirmou que o governo deve lançar uma série de "medidas enérgicas" para desacelerar a atual onda recorde de novos casos da covid-19 que o país enfrenta.
Fonte: The Telegraph, NYT e Our World in Data