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Formas incomuns de metais são encontradas em cérebros de pacientes com Alzheimer

Por| Editado por Luciana Zaramela | 25 de Junho de 2021 às 11h20

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microgen/envato
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No último dia 10, um novo estudo liderado por pesquisadores do Reino Unido, da Alemanha e dos EUA revelou evidências contendo tipos incomuns de cobre e ferro no cérebro de pacientes com Alzheimer. A presença desses metais pode ajudar a ressignificar o tratamento da doença neurodegenerativa.

Antes que você se questione, vale deixar claro que cobre e ferro, assim como outros minerais e metais, são encontrados naturalmente em organismos de pessoas saudáveis, incluindo o cérebro, e servem a vários propósitos. No entanto, é função do corpo equilibrar as quantidades de metais circulantes a fim de evitar danos ou desajustes na homeostase, e por isso muitas substâncias são expelidas através de excrementos, urina e suor.

No artigo em questão, os pesquisadores descobriram pequenas quantidades desses metais em um lugar bastante incomum (e prejudicial): a chamada placa amiloide — que, na verdade, serve como depósito de fragmentos de proteínas chamadas beta-amiloides, tóxicas para os neurônios e suas sinapses. Como parte da metodologia, foram feitas radiografias e coletadas amostras cerebrais de dois pacientes com Alzheimer que faleceram.

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Alzheimer, uma desordem progressiva do cérebro

No Alzheimer, as células cerebrais definham, o que causa a perda gradativa de funções. A suspeita é de que esse acúmulo pode estar ligado ao declínio cognitivo causado pela doença. A superfície das partículas metálicas poderia ser altamente reativa durante as sinapses nervosas, levando as células cerebrais à disfunção, segundo sugerem os autores do estudo.

Os pesquisadores observaram a presença de nanopartículas de ambos os metais que não se oxidaram no núcleo da placa amiloide, ou seja: não perderam, nem ganharam elétrons — lembrando que a sinapse nervosa ocorre justamente por estímulos e impulsos elétricos. Esse é o primeiro caso de nanopartículas do tipo vistas em um tecido humano, e o estudo sugere que os metais encontrados podem explicar como o Alzheimer prejudica as células. 

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Apesar das pistas encontradas nas amostras, o grupo reconhece que ainda há muito trabalho para ser feito até que se chegue a uma resposta sobre que está por trás do mecanismo da doença.

 

Fonte: Medical Xpress