Fiocruz recomenda lockdown ao Ministério Público do RJ para combate à COVID-19

A Fiocruz enviou ofício ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) recomendando a instalação de medidas de lockdown no estado. O pedido aconteceu em um relatório encaminho ao órgão com análises de especialistas sobre a situação do Rio de Janeiro no combate à COVID-19. 

Pelo documento, ainda não há uma exata definição do que seria o lockdown. A palavra em inglês, que significa confinamento, seria relativa a um bloqueio de trânsito mais restrito que o atual. “Consiste numa denominação genérica que envolve um conjunto de medidas restritivas para reduzir ao essencial o trânsito de pessoas nas ruas das cidades”, explica o ofício. 

Apesar de ser mais radical, a Fiocruz acredita que este seja o modelo para segurar o avanço da doença na região. “Com o objetivo de salvar vidas e com base em análises técnico-científicas, a Fiocruz considera urgente a adoção de medidas rígidas de distanciamento social e de ações de lockdown no estado do Rio de Janeiro, em particular na região metropolitana”, aponta o documento. 

Segundo o relatório, caso isso não aconteça, há previsão de períodos ainda mais prolongados de casos da doença, com falta de leitos e insumos para a saúde. 

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Entretanto, iniciar um lockdown não é tão simples. Segundo o governador Wilson Witzel, não há a previsão de uma lei que permita a medida, sendo necessária uma ação do Ministério Público pela Justiça para que isso seja feito. 

Ainda, o governante teme o impacto econômico ao colocar a população obrigatoriamente em casa. A Fiocruz defende, portanto, que o lockdown só seja instaurado com medidas de apoio econômico para população, principalmente a quem vive com trabalho informal. 

Depois do encaminhamento do ofício, as administrações estadual e municipais do Rio de Janeiro têm 24 horas para se manifestarem sobre como pretendem ampliar as medidas de isolamento social. 

Segundo boletim do Ministério da Saúde desta quarta-feira (7), o país contabiliza 125.218 casos da COVID-19, sendo que 10.503 deles foram registrados nas últimas 24h. Ao todo, já foram 8.536 óbitos relacionados à doença.

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Fonte: G1