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Fiocruz inaugura novo laboratório para testar vacinas

Por| Editado por Luciana Zaramela | 24 de Novembro de 2021 às 17h30

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Rthanuthattaphong/Envato Elements
Rthanuthattaphong/Envato Elements

Na terça-feira (23), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) inaugurou o Laboratório Físico-químico (Lafiq), dentro do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos). O novo espaço foi construído para ampliar a capacidade da Fiocruz em analisar se as vacinas produzidas internamente mantêm o controle de qualidade, o que será fundamental para a produção 100% nacional dos imunizantes contra a covid-19.

Além das vacinas contra o SARS-CoV-2, o laboratório será utilizado para acompanhar a qualidade de outros produtos do portfólio da Fiocruz. A construção foi financiada pela doação de recursos feita por empresas privadas e permitirá que novos imunizantes cheguem o Sistema Único de Saúde (SUS).

Onde fica o novo laboratório da Fiocruz?

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Certificado com o grau de biossegurança NB2, o novo laboratório da Fiocruz foi construído no Complexo Tecnológico de Vacinas (CTV), na cidade do Rio de Janeiro. No total, são 1.362 m² de área, divididos em dois pavimentos de laboratórios e um piso técnico. A estimativa é que o investimento eleve a capacidade de controle de qualidade da Bio-Manguinhos/Fiocruz em 50%.

As obras duraram sete meses e custaram cerca R$ 19 milhões, sem contar o valor da aquisição de novos equipamentos. Vale mencionar que "o prédio também foi projetado para atender parâmetros de sustentabilidade, contando com efluente industrial para o correto descarte de rejeitos em uma estação de tratamento própria, sistema de controle ambiental para o armazenamento temporário de resíduos químicos, sistema de descarte de resíduos infectantes e proteção antirruído", segundo a Fiocruz.

Vacina feita no Brasil

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De acordo com o diretor de Bio-Manguinhos/Fiocruz, Mauricio Zuma, “com a inauguração desse laboratório, chegamos à última fase do nosso planejamento de internalização da produção da vacina contra a covid-19 em parceria com a AstraZeneca. Foi um trabalho muito árduo, com muitas etapas cumpridas, e agora nós finalizamos aumentando a nossa capacidade de controle de qualidade”.

Isso porque, nos últimos meses, as duas organizações trabalharam para a transferência de tecnologia da vacina Covishield (AstraZeneca/Oxford), ou seja, a Fiocruz está aprendendo como produzir a fórmula, de forma 100% independente. Esse processo inclui também a produção do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), a matéria-prima dos imunizantes.

No momento, a AstraZeneca analisa os primeiros lotes brasileiros de IFA e, quando aprová-los, a Fiocruz poderá iniciar a produção em larga escala dos imunizantes. Dessa forma, o Brasil não dependerá mais de importações para produzir esta vacina contra a covid-19, facilitando e acelerando aplicação da primeira, segunda ou terceira dose.

Doações de empresas privadas

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Os recursos para a construção do novo laboratório são provenientes de doações de empresas privadas — que também contribuíram com as adequações da planta industrial onde está sendo produzido o IFA nacional contra o coronavírus —, totalizando doações de aproximadamente R$ 106 milhões.

Entre os apoiadores do Unidos contra a covid-19, listados pela Fiocruz, estão: Itaú Unibanco, Ambev, Instituto Votorantim, Stone, Fundação Lemann, Americanas, Fundação Brava, Fundação Behring, Zurich Santander, Elopar (Bradesco e Banco do Brasil), UnitedHealth Group, BASF, Repsol Sinopec Brasil, Fundação Telefônica Vivo, B3 e Ministério Público do Trabalho do Rio de Janeiro.

Fonte: Agência Fiocruz