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Estudo mostra eficácia de vacinas da Pfizer e AstraZeneca contra variante Delta

Por| Editado por Luciana Zaramela | 20 de Agosto de 2021 às 11h30

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FabrikaPhoto/Envato Elements
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Um estudo realizado pela Universidade de Oxford, em parceria com o Instituto Nuffield de Medicina, mostrou altos índices de eficácia das vacinas Pfizer-BioNTech e Oxford-AstraZenaca contra a variante Delta do novo coronavírus. A pesquisa mostrou um comportamento bem semelhante entre ambas — enquanto a primeira fornece 71% de proteção nas primeiras duas semanas após a segunda dose e se mantém assim por até cinco meses, a outra começa em 93% e apresenta redução ao longo do tempo, chegando ao mesmo patamar após quatro meses.

Os dois índices estão acima do total mínimo considerado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) para a imunização, que é de 50%. De acordo com os pesquisadores, a imunização completa continua sendo a maior arma da população contra a COVID-19, o que inclui também a variante Alpha, bastante presente no Reino Unido e com proteção vacinal acima dos números encontrados em relação à Delta, que é 60% mais transmissível.

De acordo com a professora Sarah Walker, responsável pela pesquisa, uma queda no nível de proteção das vacinas, meses após a aplicação da segunda dose, é de se esperar — e também o motivo pelo qual, agora, muitos estudos se debruçam sobre a possibilidade de uma terceira aplicação ou campanhas anuais contra o coronavírus. Ela aponta, principalmente, o caso da AstraZeneca, que começa com 93% de eficácia e apresentaria redução com o tempo, com um longo caminho até deixar de ser eficiente contra a COVID-19.

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O estudo também mostrou que os indivíduos que tiveram COVID-19 antes de se vacinarem apresentaram proteção maior após a aplicação, enquanto a diferença de tempo entre as aplicações de doses, de acordo com as diferentes orientações internacionais, não reduziu a eficácia dos imunizantes. Ainda, os mais jovens desenvolvem mais anticorpos que os mais velhos, enquanto os completamente vacinados apresentaram carga viral inferir em caso de contaminação com a variante Alpha, enquanto os níveis de Delta foram similares — a proteção, aqui, também faz toda a diferença.

A conclusão do trabalho é que o ciclo vacinal completo segue sendo a maneira mais eficaz de proteção da população contra o novo coronavírus, principalmente no caso da Delta. O estudo também analisou a eficácia de doses da Moderna — apesar de a amostra analisada não ter dados suficientes, a ideia preliminar é de que apenas uma dose do imunizante oferece proteção acima da inicial de AstraZeneca e Pfizer, com a aplicação da segunda picada garantindo ainda mais proteção aos indivíduos.

De acordo com Walker, a pesquisa continua, agora, com foco na transmissão do vírus entre pessoas vacinadas ou não. A ideia dos estudiosos é de que possam existir picos de contaminação periódicos, com curtos momentos de maior presença viral entre a população e maior transmissibilidade de acordo com as variantes encontradas e carga presente. Novamente, a recomendação é pela vacinação, já que os não imunizados ficam desprotegidos em momentos como estes e podem ajudar a disseminar a COVID-19, além de contribuir para o surgimento de novas cepas.

A pesquisa analisou 2,5 milhões de resultados de testes, obtidos de 743,5 mil habitantes do Reino Unido.

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Fonte: Universidade de Oxford