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Estados brasileiros desistem da vacina Sputnik V; veja quais
Após uma série de questões burocráticas e a falta de autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), estados brasileiros desistem de aquisições individuais da vacina Sputnik V contra o coronavírus SARS-CoV-2. Nesta quinta-feira (5), o Consórcio Nordeste anunciou a descontinuidade do acordo. O governo de Minas Gerais também declarou que não compraria o imunizante contra a COVID-19.
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Vale lembrar que o Consórcio é formado pelos seguintes estados: Rio Grande do Norte, Bahia, Maranhão, Pernambuco, Ceará, Paraíba, Piauí, Alagoas e Sergipe. Sobre a decisão de não importação do imunizante Sputnik V, o consenso é de que a falta de licença de uso da Anvisa e a não inclusão da fórmula no Programa Nacional de Imunização (PNI) impossibilitariam as compras.

"Temos vacinas disponíveis, mas impedidas de entrar no Brasil devido uma decisão da Anvisa que faz uma alteração no padrão de teste junto com a não inclusão do Ministério da Saúde no plano nacional de vacinação e a falta da licença de importação, tivemos a suspensão da entrega da vacina até que se tenha uma autorização do uso do imunizante no Brasil”, afirmou o presidente do Consórcio Nordeste e governador do Piauí, Wellington Dias.
Segundo Dias, o Fundo Soberano Russo deve direcionar as vacinas, que seriam destinadas para o Brasil, para o México, a Argentina e a Bolívia. No entanto, o governador confirmou que, se o Brasil aderir ao imunizante, as vacinas estarão disponíveis para envio imediato.
Informo aos cearenses que o Governo do Ceará, juntamente com os outros governadores do Nordeste, decidiu suspender o contrato de compra da vacina Sputnik V, que previa mais de 5,5 milhões de doses para o nosso estado. (cont)
— Camilo Santana (@CamiloSantanaCE) August 5, 2021
Nas redes sociais, o governador do Ceará, Camilo Santana, confirmou que a importação da vacina Sputnik V contra a COVID-19 foi suspensa. "Seguimos firmes, agora, para a aquisição de mais 3 milhões de doses da CoronaVac para os cearenses, através de contrato direto com o Instituto Butantan", declarou o governador.
Minas Gerais também desiste
Nesta quinta (5), o governo de Minas Gerais também anunciou que não irá adquirir a vacina Sputnik V contra a COVID-19. A informação foi confirmada pelo secretário de Estado de Saúde, Fábio Bacchereti. No caso mineiro, o objetivo era importar 428 mil doses, ou seja, o quantitativo suficiente para imunizar 1% da população local. Inclusive, esta porcentagem de uso foi autorizada pela Anvisa.
No entanto, os termos do acordo não atraíram os responsáveis pela comercialização do imunizante contra o coronavírus, no caso, o Fundo Nacional Soberano (FNS) russo. “Eles oficializaram que não vão negociar poucas doses. O 1% não será negociado. Eles não têm perspectiva de entrega. Diante disso, as tratativas com o Fundo Soberano em relação à compra da Sputnik não vão evoluir mais”, afirmou Baccheretti.
Falta de autorização da Anvisa

Na autorização de importação da Sputnik V considerada pela Anvisa, cada estado poderia importar inicialmente doses que correspondessem a 1% de suas respectivas populações. No entanto, estes lotes do imunizante deveriam, obrigatoriamente, seguir alguns critérios. Por exemplo, a importação somente poderia ocorrer das fábricas inspecionadas pela agência na Rússia (Generium e Pharmstandard UfaVita).
Além disso, os estados deveriam ser responsáveis por monitorar as condições de utilização da Sputnik V dentro de um novo estudo de efetividade. Na época, a agência também informou que iria “analisar os dados de monitoramento do uso da vacina para poder avaliar os próximos quantitativos a serem importados”.
Após o uso das doses autorizadas, a Anvisa deveria, então, analisar os dados obtidos através do monitoramento das aplicações para avaliar uma eventual expansão da autorização concedida, como a autorização emergencial de uso. Nesse processo, a aplicação dos imunizantes poderia ser suspensa.
Fonte: Com informações: G1 e Estado de Minas
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