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Escolas particulares de SP suspendem aulas após contaminações por coronavírus

Por| 19 de Novembro de 2020 às 09h40

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Reprodução/NeONBRAND (Unsplash)
Reprodução/NeONBRAND (Unsplash)

Pelo menos três escolas particulares de São Paulo (SP) suspenderam as aulas nesta semana após casos de contaminação pelo novo coronavírus em pelo menos dois deles, o Gracinha, no Itaim Bibi, e a Graded School, no Morumbi. O terceiro, o São Luís, na Vila Mariana, também decidiu interromper as atividades presenciais, mas não confirmou novos contágios.

As aulas presenciais estão liberadas na capital paulista desde o dia 8 de outubro, tanto na rede particular quando pública. O aumento dos casos na cidade e também no restante do Brasil, entretanto, é fator de preocupação para professores e funcionários, já que apesar das medidas de saúde tomadas por muitos dos colégios, há uma noção de que, fora das escolas, o mesmo não está sendo feito pelos alunos e suas famílias.

No Gracinha, por exemplo, um dos casos confirmados é de um aluno do 1º ano do ensino médio que teve contato com outros três estudantes; o outro é de uma menina que se encontrou com outras 10 que, agora, estão sob suspeita de terem contraído o novo coronavírus. Além disso, um funcionário da escola também testou positivo, enquanto familiares, colegas de trabalho e outros alunos seguem sob observação e suspeita de contágio.

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Preocupação

Em entrevista à Folha, o diretor do colégio, Wagner Borja, expressou preocupação quanto à escola se tornar um vetor de contaminação do coronavírus, enquanto fora dela existem suspeitas de encontros entre alunos, pais e parentes de diferentes famílias, com os jovens frequentando festas com centenas de pessoas. Segundo ele, todos os casos de contaminação detectados no Gracinha foram oriundos de situações ocorridas fora da escola, já que, durante as aulas, estão sendo seguidos protocolos de saúde e higiene que garantiram a segurança no retorno às aulas.

A Graded School também citou o aumento dos casos em São Paulo como um motivo que impede a continuidade das atividades, assim como o diagnóstico positivo de seis alunos do ensino médio e fundamental. Além deles, pelo menos 17 professores teriam suspeita de contaminação. O colégio pediu às famílias que estendam o cuidado com a saúde para fora da escola, principalmente em relação a uma preocupação deste final de ano, que seriam as festas para formandos, que estariam acontecendo normalmente e reunindo alunos de diferentes colégios particulares da capital.

O colégio São Luis foi o único a não confirmar casos entre alunos e funcionários, enquanto a suspensão das aulas também é parcial, sem atividades presenciais para a educação infantil e ensino fundamental do 1º ao 5º ano. Os estudantes do ensino médio seguem frequentando a escola, com participação de metade do grupo a cada semana. O aumento dos casos na cidade foi citado como uma preocupação e também levou à interrupção de atividades extra-curriculares.

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Nesta terça-feira (17), o governador de São Paulo João Doria decretou a prorrogação da quarentena no estado até o dia 16 de dezembro, com a possibilidade de abertura ou fechamento de comércios e serviços seguindo a indicação de fases em cada região. Enquanto isso, na capital, a estimativa é de um aumento de 29,5% nos casos de coronavírus em novembro, em relação aos primeiros 17 dias de outubro. Até agora, são 15,7 mil novos contágios confirmados no mês, enquanto houve queda de 16,2% nos óbitos, com 407 mortes registradas até agora na cidade.

A recomendação é para que a população se mantenha em alerta, tomando todos os cuidados necessários e seguindo as orientações de saúde para evitar contágio. Entretanto, as autoridades municipais e estaduais de São Paulo negam que a região esteja passando pelo início de uma segunda onda da pandemia do novo coronavírus, apesar do cenário de aumento nas internações e casos confirmados de contaminação.

Fonte: Folha de S.Paulo, UOL