Equipe da OMS encerra quarentena para descobrir a origem do coronavírus em Wuhan
Por Natalie Rosa | 29 de Janeiro de 2021 às 16h00
Depois de 14 dias do desembarque em Wuhan, finalmente o grupo de pesquisadores da OMS (Organização Mundial de Saúde) está livre para dar continuidade ao projeto de descobrir as origens do coronavírus. A equipe, formada por 15 pessoas, havia chegado no país no dia 14 de janeiro, e dois tiveram que ficar para trás por terem testado positivo para a COVID-19.
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Os cientistas, que estavam isolados, deixaram o hotel nesta quinta-feira (28), embarcando em um ônibus sem fazer qualquer declaração à imprensa, em direção a outro hotel. Algumas barreiras chegaram a ser instaladas ao redor do local para evitar a aproximação de repórteres.
Agora, os pesquisadores estão livres para fazer as visitas necessárias para a investigação, como no mercado Huanan Seafood Market, que está conectado a alguns casos iniciais da doença, além de hospitais e institutos que trataram esses pacientes. Uma das possíveis fontes da doença também são as cavernas que abrigam morcegos na província rural de Yunnan, que fica a 1.600 quilômetros de Wuhan.
"Todas as hipóteses estão na mesa para a equipe usar a ciência para entender as origens do vírus da COVID-19", contou a OMS no Twitter, dizendo ainda que eles irão visitar profissionais de saúde e alguns dos primeiros pacientes diagnosticados com o coronavírus no organismo. "Como os membros (da equipe) começam a fazer visitas de campo na sexta-feira, eles devem receber o suporte, acesso e dados que precisarem", disse também a organização.
A China continua se defendendo em relação a ser o foco do vírus, enquanto a OMS acusa a China e outros países de não agirem com rapidez no início dos surtos. Com as pesquisas, os cientistas podem, finalmente, trazer conclusões exatas sobre onde e como o vírus surgiu.
Fonte: AP