Doses de reforço são importantes para impedir infecção, conclui estudo
Por Nathan Vieira | Editado por Luciana Zaramela | 14 de Outubro de 2021 às 15h20
A esta altura da vacinação contra a covid-19, a discussão é em torno da necessidade e dos benefícios de uma dose de reforço. Com isso em mente, pesquisadores do Imperial College London analisaram mais de 100 mil amostras da população da Inglaterra e descobriram que as taxas de infecção de covid eram três a quatro vezes maiores entre pessoas não vacinadas do que entre as que haviam recebido as duas doses.
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No entanto, os pesquisadores também perceberam que enquanto a vacinação completa reduziu as taxas de infecção substancialmente, de 1,76% nos não vacinados para 0,35% nos três meses após a segunda dose, as taxas de infecção aumentaram novamente para 0,55% três a seis meses após a segunda injeção. A descoberta sugere que a proteção contra a infecção começa a diminuir vários meses após a vacinação completa.
De acordo com o estudo, a vacinação completa reduziu o risco de infecção, com ou sem sintomas, em cerca de 60%. Embora estudos anteriores tenham mostrado que os anticorpos contra covid diminuem nos meses após a vacinação, trabalhos recentes sugerem que duas doses são altamente protetoras contra doenças graves.
“O possível aumento de infecções ao longo do tempo reforça a necessidade de uma campanha de doses de reforço. É um incentivo para que as pessoas recebam sua dose de reforço quando estiver disponível para elas”, apontam os pesquisadores.
A pesquisa mostra que as infecções aumentaram em crianças em idade escolar, enquanto as taxas estavam caindo em relação ao público de 18 a 54 anos. No público de 55 anos ou mais, a taxa de infecção se encontrava estável. A taxa de infecção foi mais comum em famílias maiores e entre pessoas que compartilhavam sua casa com pelo menos um filho.
Fonte: The Guardian