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COVID | Vacina da Johnson é segura e induz resposta imune, diz estudo preliminar

Por| 29 de Setembro de 2020 às 16h10

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WhiteSession/Pixabay
WhiteSession/Pixabay

O mundo está mais próximos de uma vacina contra a COVID-19, se depender dos resultados preliminares da fórmula desenvolvida pela farmacêutica da Johnson & Johnson, a Janssen. De acordo com os estudos clínicos de fase 1/2, com voluntários que receberam uma única dose do imunizante, a vacina contra o novo coronavírus (SARS-CoV-2) é segura e induz resposta imune.

Publicado na plataforma online medRxiv, o estudo clínico ainda não foi revisado por outros pesquisadores. Com o nome oficial de Ad26.COV2.S, a vacina da Johnson & Johnson contra a COVID-19 adota uma plataforma vetor-viral não replicante, através de um adenovírus humano editado geneticamente para carregar a proteína spike do coronavírus.

Agora, sua terceira e última fase de pesquisa já está em andamento, inclusive no Brasil. Conforme a farmacêutica anunciou, devem participar 60 mil voluntários em todo o mundo. Nacionalmente, segundo a Anvisa, serão sete mil participantes brasileiros.

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Pesquisa da vacina contra COVID-19

Durante as fases 1/2 que aconteceram entre julho e agosto, os testes de eficácia e segurança foram realizados em 796 participantes, divididos em três grupos (sem terem uma quantidade igual de voluntários). Dos três, dois eram compostos por voluntários com idades de 18 a 55 anos, sendo o terceiro composto por pessoas que tinham 65 anos ou mais (o último grupo totalizou 394 participantes).

Em todos os grupos, participantes receberam diferentes doses da potencial vacina contra a COVID-19 para se verificar as melhores dosagens e possíveis reações. Inclusive em cada um dos três grupos, havia um subgrupo de voluntários que deveria receber duas doses do imunizante. Entretanto, a publicação só explora as reações da vacina, a partir de uma única dose. 

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Além disso, cada um dos  grupos também teve seu próprio grupo controle, ou seja, um grupo que recebeu um placebo (substância inativa). Por fim, os testes eram randomizados (distribuição dos grupos de forma aleatória) e duplo-cego (nem os voluntários e nem os pesquisadores sabiam o que cada paciente recebia como medicação).

Entre as conclusões obtidas pelo estudo, está que a geração de anticorpos foi parecida entre todos os participantes, independente das idades. Já os efeitos colaterais mais comuns foram febre, fadiga, dor de cabeça e dor no corpo. Vale ressaltar que a febre foi do tipo leve e moderada, durando até dois dias depois da imunização.

Dose única contra a COVID-19

Como uma única dose da vacina foi suficiente para induzir uma resposta imune satisfatória e gerou efeitos colaterais pouco intensos nos participantes, a pesquisa continuará a investir, principalmente, nesse formato de imunização. "Uma vacina eficaz de dose única teria vantagens sobre uma vacina de duas doses em termos de implementação, especialmente durante uma pandemia", afirmam os pesquisadores no artigo.

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"Todas as outras vacinas da COVID-19 atualmente, em desenvolvimento, requerem duas doses, enquanto as respostas de anticorpos neutralizantes em todos os participantes relatados foram obtidas após uma única dose de Ad26.COV2.S", apontam.

No entanto, o grupo de cientistas ressalta que não se sabe ainda qual é a "quantidade" de resposta imune necessária para garantir uma proteção efetiva contra o coronavírus. Para isso, os testes de fase 3 precisarão ser concluídos, já que será onde as fórmulas serão postas à prova em milhares de pessoas, presentes no estudo.

Para acessar o artigo sobre a vacina contra a COVID-19, publicado na plataforma online medRxiv, clique aqui.


 

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Fonte: G1