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Covid causou perda de mais de 28 milhões de anos de vida humana apenas em 2020

Por| Editado por Luciana Zaramela | 05 de Novembro de 2021 às 16h24

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Twenty20photos/Envato Elements
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Com a pandemia da covid-19, o mundo perdeu pelo menos 28 milhões de anos de vida humana em 2020. É o que aponta um estudo feito com bancos de dados sobre a mortalidade da doença em países de alta renda. No globo, as perdas em decorrência da doença podem ser ainda maiores, já que os efeitos dela não foram calculados nos países de menor renda.

Publicado na revista científica BMJ, o estudo investigou mudanças na expectativa de vida em 37 países e foi liderado por pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido. Para calcular os anos de vida perdidos de vida humana em decorrência da covid-19, os autores comparam a idade das pessoas que morreram com as respectivas expectativas de vida, individualizadas pelo país de origem e pelo sexo.

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Segundo os pesquisadores, essa medida é mais precisa para dimensionar o cálculo do impacto da pandemia da covid-19 do que, por exemplo, olhar o excesso de mortes — métrica que não distingue entre a morte de um jovem de 17 e a de um de 70 anos. “Mais de 222 milhões de anos de vida foram perdidos em 2020, o que é 28,1 milhões de anos de vida perdidos mais do que o esperado”, afirmam os autores do estudo, no artigo.

Quais países foram mais afetados pela covid-19?

No levantamento dos países de alta renda, a maior queda na expectativa de vida foi observada na Rússia, onde os homens perderam 2,33 anos. No caso das mulheres russas, a perda foi de 2,14 anos. Em segunda lugar, ficou os Estados Unidos, onde os homens perderam 2,27 anos da expectativa de vida e as mulheres tiveram uma diminuição de 1,61 anos.

Curiosamente, seis países — Nova Zelândia, Taiwan, Islândia, Coreia do Sul, Noruega e Dinamarca — conseguiram manter a expectativa de vida ou até melhorá-la. Todas as localidades foram consideradas exemplos no combate à covid-19, a partir da ação coordenada dos governos locais.

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Por exemplo, as primeiras quatro economias desta lista diminuta registraram menos de 10 mortes em decorrência da covid-19 para cada 100 mil residentes. Enquanto isso, a Noruega e a Dinamarca registraram, respectivamente, 17 e 47 mortes para cada 100 mil habitantes. Em comparação, a taxa dos EUA foi de 228 mortos para cada 100 mil habitantes.

Por mais significativo que os dados apresentados sejam, o número de anos de vida humanas perdidas ainda deve aumentar. Isso porque não foram considerados os dados de vidas perdidas em 2021, onde a pandemia da covid-19 ainda continua a avançar, principalmente em regiões onde a vacinação não avança da maneira esperada.

Para acessar o estudo completo, publicado na revista científica BMJ, clique aqui.

Fonte: The Washington Post