COVID-19 | Vacina da Novavax será testada em 10 mil pessoas (com 25% de idosos)
Por Fidel Forato | 07 de Outubro de 2020 às 14h04
Na corrida por uma vacina eficaz e segura contra o novo coronavírus (SARS-CoV-2), já são 11 imunizantes na última e terceira fase antes da aprovação. Entre eles, está a vacina NVX-CoV2373 contra a COVID-19, da farmacêutica norte-americana Novavax. Atualmente, a pesquisa de eficácia e segurança envolve 10 mil voluntários no Reino Unido e, em breve, deve ser expandida para os EUA.
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Além de abranger uma grande variedade de idades, indo dos 18 aos 84 anos, o estudo de fase 3 da Novavax busca por pacientes com e sem comorbidades relevantes. Vale ressaltar que a pesquisa foi desenvolvida para incluir pelo menos 25% dos participantes com mais de 65 anos e também deve priorizar minorias raciais e étnicas.
Mesmo que esse imunizante esteja alguns meses atrás dos favoritos na corrida de uma vacina contra a COVID-19, especialistas estão entusiasmados com sua fórmula, segundo o The New York Times. Isso porque os resultados dos estudos pré-clínicos foram muito promissores. Por exemplo, os macacos imunizados demonstraram uma forte proteção contra o coronavírus. Já nos primeiros testes em humanos, os níveis de anticorpos produzidos também foram bons.
Para acelerar o processo de testes, a farmacêutica aposta em uma região com alta circulação do vírus. “Com um alto nível de transmissão SARS-CoV-2 observada e esperado para continuar no Reino Unido, acreditamos que este ensaio clínico fundamental de Fase 3 será registrado rapidamente e fornecerá uma visão de curto prazo da eficácia do NVX-CoV2373”, aposta Gregory M. Glenn, presidente da Novavax.
Como funciona a vacina contra COVID-19?
Para se obter a imunização contra o coronavírus, o paciente precisará de duas doses da vacina, com 21 dias de intervalo. Quanto ao seu funcionamento, o imunizante carrega proteínas S do coronavírus — encontrada na membrana do vírus e responsável pela invasão das células saudáveis —, anexados em partículas microscópicas, que podem desencadear uma resposta imunológica no organismo.
O método já é conhecido e usado em vacinas recombinantes, como nas vacinas (aprovadas) para herpes zoster e papilomavírus humano (HPV). Além disso, também conta com uma substância que estimula as células imunológicas do paciente, o adjuvante Matrix-M.
Como parte do estudo clínico, cerca de 400 voluntários receberão a vacina contra a COVID-19 e também devem receber uma outra vacina, já licenciada, contra um tipo da influenza, o conhecido vírus da gripe. A ideia é entender se a administração dos dois imunizantes pode melhorar a imunidade contra o coronavírus.
Fonte: The New York Times e Novavax News