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COVID-19 | Vacina Coronavac é segura, mas eficácia será anunciada no fim de 2020

Por| 19 de Outubro de 2020 às 15h15

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Dimitri Houtteman/Unsplash
Dimitri Houtteman/Unsplash

A vacinação tem sido uma das únicas luzes no fim do túnel em relação à pandemia proporcionada pela COVID-19. Com base nisso, nesta segunda-feira (19), o governo de São Paulo anunciou que a vacina Coronavac, desenvolvida pelo Instituto Butantã em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, se mostrou segura. Apesar disso, os dados relacionados à eficácia da vacina virão a público somente entre novembro e dezembro.

Em entrevista ao Estadão, o diretor do Butantã, Dimas Covas, assegurou que testes com os 13 mil voluntários não foram finalizados e, por isso, a análise de eficácia ainda não pode ser feita. Nesta semana, foi concluída apenas a primeira etapa do estudo, com 9 mil pessoas. O pesquisador conta já possuir os dados de segurança dessa etapa, sendo estes muito parecidos com os chineses.

De acordo com esse estudo chinês, houve apenas 5,36% de efeitos colaterais nos participantes do ensaio, todos sem gravidade: dor no local da aplicação (3,08%), fadiga (1,53%) e febre leve (0,21%). Os restantes tiveram perda de apetite, dor de cabeça e febre. Além da análise divulgada, os resultados completos a respeito da eficácia da Coronavac devem estar prontos em novembro. A empresa responsável pelo desenvolvimento da Coronavac tem realizado testes com o imunizante em 10 países, e foi aprovada para vacinação emergencial na China. 

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De acordo com Dimas Covas, as conclusões sobre eficácia dependem da ocorrência de um número mínimo de infecções por COVID-19 entre os voluntários (61, no caso da Coronavac, número que ainda não foi atingido). 

Em meio a isso, a expectativa do governo paulista era aplicar a Coronavac em meados de dezembro. Entretanto, com resultados de eficácia esperados somente para novembro ou dezembro, é improvável que o início da vacinação aconteça ainda em 2020, porque, além do tempo que falta para os testes serem concluídos, também tem o prazo para que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) analise as informações e emita o registro do produto.

Vale lembrar que a vacina desenvolvida pelo laboratório chinês com o Instituto Butantan tem em sua fórmula o novo coronavírus inativado, ou seja, contém apenas fragmentos inativos desse vírus, então não há chances de desencadear uma infecção. Com a aplicação das duas doses previstas, é esperado que o sistema imunológico de cada paciente comece a produzir anticorpos contra o vírus causador da COVID-19. Caso a Coronavac seja aprovada, já há acordo entre o governo paulista e a farmacêutica chinesa para o fornecimento de 46 milhões de doses ainda este ano.

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Fonte: Estadão