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Covid-19 deixou 12 mil órfãos de até 6 anos no Brasil, apontam cartórios

Por| Editado por Luciana Zaramela | 20 de Outubro de 2021 às 10h40

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bondarillia/Unsplash
bondarillia/Unsplash

Pelo menos 12.211 crianças de até seis anos ficaram órfãs de um dos pais por causa da covid-19 no Brasil, segundo dados levantados pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil). Os dados foram coletados entre os dias 16 de março de 2020 e 24 de setembro deste ano. 

De acordo com o levantamento, 25,6% das crianças de até seis anos que perderam um dos pais na pandemia da covid-19 não tinham completado um ano de vida. Os cartórios também verificaram que: 18,2% já tinham um ano quando a morte de um dos pais aconteceu; 18,2% estavam com dois anos; 14,5% completaram três anos; 11,4% estavam com quatro anos; 7,8% tinham cinco anos; e 2,5% estavam com seis anos.

Além disso, 223 pais morreram antes do nascimento de seus filhos. Também foi possível contabilizar que 64 crianças, até a idade de seis anos, perderam tanto o pai quanto a mãe como vítimas da covid-19 no país.

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Entre os estados, São Paulo, Goiás, Rio de Janeiro, Ceará e Paraná foram os que mais registraram óbitos de pais com filhos nesta faixa etária. Em São Paulo, pelo menos 3.836 crianças de até seis anos ficaram órfãos de um dos pais por causa da covid-19.

Como o cálculo da covid-19 foi feito pelos cartórios?

Conforme explica a Arpen-Brasil, os dados sobre os órgãos da covid-19 foram levantados com base no cruzamento entre os CPFs dos pais nos registros de nascimentos e de óbitos feitos nos 7.645 cartórios de registro civil do país desde 2015, ano em que as unidades passaram a emitir o documento diretamente nas certidões de nascimento das crianças recém-nascidas em todo o território nacional.

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“A base de dados dos cartórios tem auxiliado constantemente os poderes públicos, os laboratórios e os institutos de pesquisas a dimensionar o tamanho da covid-19 em nosso país e o fato de termos esta parceria com a Receita Federal para a emissão do CPF na certidão de nascimento dos recém-nascidos nos permitiu chegar a este número parcial, mas já impactante”, explicou o presidente da Arpen-Brasil, Gustavo Renato Fiscarelli.

Fonte: Agência Brasil