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Coração de silicone impresso em 3D pode trazer mais segurança para transplantes

Por| 30 de Outubro de 2017 às 15h52

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ETH Zürich
ETH Zürich

Pesquisadores suíços do Instituto de Tecnologia de Zurique desenvolveram um coração inteiramente constituído de silicone através de impressão 3D. O órgão artificial foi criado com o intuito de simular a estrutura de um coração humano de forma mais fidedigna possível, pesando 390 gramas e com um volume de 679 cm³, valores muito próximos da média de tamanho e peso de um coração orgânico. Sua estrutura interna também possui ventrículos direito e esquerdo, mas ao invés dessas cavidades serem separadas por um septo, como ocorre no órgão real, elas são separadas por uma câmara de ar pressurizado que permite à peça única de silicone realizar os movimentos de contração e descontração como se fosse um músculo, viabilizando assim o bombeamento de fluidos com viscosidade e densidade semelhantes ao sangue humano.

Embora seja apenas um protótipo, o coração de silicone foi criado com o intuito de um dia substituir as bombas de sangue que são comumente utilizadas hoje em pacientes com falência cardíaca, que podem trazer complicações no caso de o organismo do paciente perder o compasso e falhar algumas batidas. O desafio atual da equipe de pesquisadores é aumentar a durabilidade do material utilizado na confecção da estrutura que, no projeto atual, só funciona de forma eficaz por 3 mil batidas, o que equivale a 30 minutos a 45 minutos de vida, antes que o silicone comece a se deteriorar e não garantir a estabilidade do bombeamento sangüíneo.   

Porém, esses minutos de funcionamento já permitem aumento de qualidade de vida dos mais de 26 milhões de pacientes com falência cardíaca, pois garante que tenham um suprimento adequado e estável de sangue enquanto se aguarda pelo transplante do órgão real.

"Nosso objetivo é desenvolver um coração artificial que tenha aproximadamente o mesmo tamanho que o próprio paciente e que imite o coração humano o mais próximo possível na forma e função" informa o doutorando Nicholas Cohrs, um dos desenvolvedores da pesquisa do Instituto de Tecnologia de Zurique.

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Publicado no dia 12 de Julho de 2017 na página do YouTube do ETH Zurich, um vídeo mostra o funcionamento do protótipo ao público, bombeando um líquido de viscosidade e densidade semelhantes às do sangue humano. O vídeo pode ser conferido a seguir:

Fonte: ETH Zürich