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Congelada! Conheça a história da jovem que sobreviveu por 6 horas a -30 °C

Por| Editado por Luciana Zaramela | 05 de Agosto de 2021 às 08h30

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Vlad Chețan/Pexels
Vlad Chețan/Pexels

Na década de 1980, uma jovem de 19 anos chamada Jean Hilliard poderia ter sido apenas mais uma vítima de hipotermia do inverno norte-americano. Porém, ela se manteve congelada e com os sinais vitais preservados.

Tudo aconteceu quando ela estava chegando em casa de carro depois de ter passado a noite em uma festa. Porém, o veículo enguiçou e ela precisou sair para buscar ajuda a uma temperatura de -30 °C no estado do Minnesota. A jovem acabou tropeçando, caindo e perdendo a consciência, permanecendo no frio por seis horas seguidas.

Foi quando Wally Nelson, um amigo, a encontrou congelada. "Eu a peguei pela gola e a levei para a varanda. Eu achei que ela estava morta. Congelou mais dura que uma tábua, mas eu vi algumas bolhas saindo do seu nariz", contou o amigo na época.

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Como ela sobreviveu?

Os cientistas dizem que histórias de sobreviventes a temperaturas extremamente baixas são incomuns, mas não chegam a ser raras. Inclusive, em casos de condições controladas, a redução da temperatura do corpo pode esfriar o metabolismo e reduzir o desejo do corpo por oxigênio, freando o processo de morte por tempo suficiente para os médicos lidarem com o pulso baixo.

No caso de Hillard, ela não chegou a ter hipotermia, ainda que a sua temperatura corporal estivesse menor que 27 °C, quase 10 graus abaixo da temperatura ideal de um indivíduo saudável. "O corpo estava frio, completamente sólido, exatamente como um pedaço de carne em um congelamento profundo", disse George Sather, médico que atendeu a jovem.

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Felizmente, em poucas horas após ser encontrada, ela foi aquecida e logo voltou a um estado saudável, voltando para a sua vida normal. As consequências do congelamento foram apenas algumas bolhas e dormência nos pés. A sua sobrevivência, na visão da biologia, ainda segue um tanto quanto misteriosa.

Quando congelada, a água ocupa um volume maior do que quando está em estado líquido. Isso, então, pode ser um problema para um corpo congelado, pois há o risco de inchaço e rompimento de tecidos. Os riscos são de que o gelo forme fragmentos que podem perfurar membranas e órgãos, além de reduzir as extremidades as transformando em músculos e peles mortas, fenômeno conhecido como úlcera de frio.

Os médicos ainda não sabem dizer exatamente como Hillard sobreviveu ao congelamento, ainda que a sua temperatura corporal estivesse muito acima de zero. Então, eles acreditam que o nível no qual ela foi congelada pode não ter chegado a solidificar o sangue em suas veias, provocando somente o enrijecimento muscular. Em relação aos olhos da jovem parecerem sólidos, o que aconteceu foi que o organismo fechou os canais que vão para os vasos sanguíneos sob a pele para manter os órgãos vitais em funcionamento, deixando o corpo com aparência pálida e com toque duro e gelado.

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O caso da jovem, então, é extremamente atípico e contou não só com a força de vontade dos médicos em descongelar o seu corpo, como também com bastante sorte.

Fonte: Science Alert