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Como será a vida após a vacinação contra COVID-19? Especialistas fazem projeção

Por| Editado por Luciana Zaramela | 15 de Abril de 2021 às 13h30

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 Gustavo Fring / Pexels
Gustavo Fring / Pexels

Atualmente, a população mundial segue concentrada na luta contra a COVID-19, em meio a campanhas de vacinação ainda em seu início, pesquisas e uma longa jornada pela frente. No entanto, no início de abril, especialistas da Universidade de Chicago (EUA) fizeram uma projeção de como vai ser a vida depois que a vacina contra a doença já for uma realidade.

Basicamente, a projeção da Universidade de Chicago une os pontos de vistas de diferentes especialistas. Para Laurie Zoloth, professora de Ética na Divinity School, por exemplo, a vacina traz a sensação de proteção, mas não deve trazer a sensação de liberdade para fazer o que quiser. A professora diz que trata-se de um dever que cabe a cada um de nós de tornar a sociedade segura.

Segundo Zoloth, nessa pandemia, a escolha pessoal afeta a esfera pública, então quando alguém diz que não vai tomar vacina, mas quer o direito de continuar trabalhando ou de entrar em um avião, por exemplo, está impondo esse risco a qualquer pessoa da comunidade que possa ser mais vulnerável.

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Na visão de Anup Malani, professor da Escola de Medicina Pritzker, mesmo que as pessoas sejam vacinadas, há questões: é seguro ou não voltar ao trabalho? As pessoas com quem se interage no trabalho estão vacinadas? Para o especialista, a comprovação de imunidade pode eliminar essa incerteza e dar às pessoas a confiança para se envolverem em atividades ao serem vacinadas.

"Em áreas urbanas, onde muita atividade econômica depende da interação das pessoas entre si, e onde a densidade populacional realmente aumenta o risco de infecção, acho que os comprovantes de imunidade podem desempenhar um papel mais importante no incentivo às pessoas à medida que a campanha de vacinação continua", opinou o professor. 

Saúde pública

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A projeção da universidade segue com o ponto de vista de Brenda Battle, vice-presidente sênior de transformação da saúde comunitária e chefe da diversidade, inclusão e oficial de equidade na Escola de Medicina da própria Universidade de Chicago. Segundo Brenda, os líderes cívicos precisam defender as comunidades.

"O sistema público de saúde deve ser estabelecido de tal forma que cada cidadão participe do atendimento prestado em nossas cidades e estados, sem fragmentação e dois sistemas de cuidados de saúde — cuidados de saúde para os pobres e cuidados de saúde para os ricos. Não podemos operar um sistema público de saúde dessa forma”, apontou Brenda.

Já para a professora de sociologia Kathleen Cagney, o uso de dados sobre o espaço geográfico pode trazer grandes perspectivas sobre os esforços de saúde pública e para a implantação da vacina. "Sabemos, por exemplo, que comunidades de baixa renda correm um risco muito maior, tanto de contrair quanto de morrer por conta da COVID-19", observou a especialista. Em seu ponto de vista, essas informações podem ser utilizadas para entender o risco de uma comunidade e  como enfrentamos esse risco em termos de esforços de saúde pública.

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Arte e Educação

Tanika Island Childress, diretora da Charter (uma escola pública de ensino fundamental vinculada com a Universidade de Chicago), acrescenta à projeção que o futuro da educação precisa ser centrado na individualização, tanto quanto possível, por meio de uma variedade de modalidades, garantindo que "possam encontrar alunos e famílias onde quer que estejam".

Por fim, Angel Ysaguirre, diretor executivo do Court Theatre, traz seu olhar sobre a arte e estima que enquanto pensamos em nosso mundo após a vacina, precisamos pensar muito cuidadosamente sobre as decisões mais inteligentes e impactantes a serem tomadas. "As organizações artísticas não voltarão com a mesma velocidade de antes", projeta o especialista.

Fonte: University of Chicago via Futurity