Com mais de 500 mil óbitos pela COVID, situação no Brasil ainda é crítica
Por Fidel Forato | Editado por Luciana Zaramela | 21 de Junho de 2021 às 16h05
No sábado (19), o Brasil ultrapassou o número de 500 mil óbitos em decorrência da COVID-19 desde o início da pandemia. Atualmente, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) calcula que a média de mortes é de 2,06 mil e a de novos casos do coronavírus SARS-CoV-2 é de 73,5 mil. Nesse cenário, especialistas apontam para risco de piora da situação epidemiológica no país.
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No total, o país acumula 17,9 milhões de casos da COVID-19 e 501,8 mil mortes, mas a tendência é de crescimento nos indicadores. Imunização em massa e medidas de proteção, como máscaras e distanciamento social, devem ser prioridades para evitar um agravamento da COVID-19 no Brasil, alertam pesquisadores para a agência de notícias Reuters. De acordo com a plataforma Our World in Data, 11% da população brasileira está imunizada, de forma completa (2 doses da vacina), contra o coronavírus. Agora, 18% aguarda a segunda dose.
Projeções da COVID-19 no Brasil
“Acho que vamos chegar a 700 mil ou 800 mil mortes [da COVID-19] antes de vermos os efeitos da vacinação”, comentou Gonzalo Vecina Neto, médico sanitarista e ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Isso porque os efeitos só devem ser sentidos a partir de setembro. Em paralelo, "estamos experimentando a chegada dessas novas variantes", lembrou o médico. Entre elas, ele destacou os riscos da variante Delta (B.1617.2), identificada pela primeira vez na Índia.
“Ainda estamos em uma situação extremamente crítica, com taxas de transmissão muito altas e ocupação de leitos hospitalares que ainda é crítica em muitos lugares”, afirmou Raphael Guimarães, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Caso continue, o Brasil pode registrar, novamente, os números de março e abril, onde a média diária de óbitos chegou a 3 mil.