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Cientistas desenvolvem pequeno robô que pode navegar pelos pulmões; confira

Por| Editado por Luciana Zaramela | 01 de Abril de 2022 às 21h30

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Divinebot/Envato Elements
Divinebot/Envato Elements

Para coletar amostras de tecido pulmonar e administrar medicamentos contra o câncer, uma equipe de cientistas britânicos desenvolveu um pequeno robô, controlado por ímãs, que pode percorrer os pulmões e chegar até os tubos mais finos do órgão. O invento ainda está na fase de testes.

Conhecido como um robô tentáculo magnético, o equipamento mede apenas 2 milímetros de diâmetro. Para dimensionar, a medida equivale ao tamanho de duas pontas de uma caneta comum. Além disso, a invenção carrega uma microcâmera para que a equipe médica possa acompanhar o seu trajeto por dentro do pulmão.

Teste de navegação em pulmões 3D

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Publicado na revista científica Soft Robotics, o estudo foi liderado por pesquisadores do STORM Lab, da Universidade de Leeds, no Reino Unido. Para a prova de conceito, a equipe testou a capacidade do robô em uma réplica 3D dos brônquios humanos, modelada a partir de dados anatômicos reais.

Segundo os autores, o dispositivo "permite a navegação em ramos mais profundos no pulmão, onde os dispositivos atuais têm acessibilidade limitada". Agora, a próxima fase da pesquisa investigará a eficácia do dispositivo na navegação de pulmões retirados de um cadáver.

Como funciona o procedimento hoje?

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Para realizar alguns procedimentos como os que a equipe de cientistas planeja viabilizar, os médicos usam o broncoscópio. Normalmente, o equipamento é usado para a realização de exames nos pulmões e nas vias aéreas.

Este procedimento tradicional envolve a passagem de um tubo flexível, com cerca de 3,5 a 4 milímetros de diâmetro, através do nariz ou da boca. O equipamento segue, no corpo, até chegar nas passagens brônquicas. Para aprofundar, um tubo mais fino, medindo cerca de 2 milímetros, pode ser passado através do broncoscópio e alcança alguns dos tubos menores dos pulmões.

Mesmo que a espessura seja similar entre o robô e atécnica tradicional, a movimentação do equipamento é bastante limitada e a equipe tem pouco autonomia com o broncoscópio, o que deve mudar quando o novo robô se tornar uma realidade.

Potencial do novo robô

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De acordo com os pesquisadores, a rota do robô deverá ser definida antes do início do procedimento. No corpo do paciente, a equipe espera que, à medida que os ímãs externos se movem, eles devem induzir a movimentação das partículas magnéticas do robô e, com isso, o equipamento pode mudar de direção. Em tese, isso permitirá que o robô seja manobrado pelos pulmões até o local de uma lesão suspeita.

No futuro, "esta nova tecnologia permitirá o diagnóstico e o tratamento do câncer de pulmão de forma mais confiável e segura, guiando os instrumentos na periferia do pulmões", afirma Cecilia Pompili, uma das autoras do estudo e cirurgião, em comunicado.

Além disso, Pietro Valdastri, outro autor da pesquisa e diretor do STORM Lab, explica que "nosso sistema usa um sistema autônomo de orientação magnética que dispensa a necessidade de os pacientes serem radiografados enquanto o procedimento é realizado”.

A seguir, confira uma demostração de como o pequeno robô pode ser controlado, através de ímãs externos, e potencialmente navegar pelo pulmão humano:

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Fonte: Soft Robotics e Universidade de Leeds