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Cientistas acham "cocô milenar" e descobrem o que europeus comiam há 2 mil anos

Por| Editado por Luciana Zaramela | 23 de Outubro de 2021 às 08h30

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Alexas_Fotos/Pixabay
Alexas_Fotos/Pixabay

Cientistas encontraram fezes humanas muito antigas na Áustria, e por meio disso, conseguiram identificar algumas coisas que os europeus consumiam há aproximadamente 2,7 mil anos. O estudo, publicado na revista científica Current Biology, aponta que essa espécie de fóssil permaneceu preservado nas minas de sal pré-históricas da região nos últimos milênios.

A análise aponta que os europeus comiam queijo azul e bebiam cerveja durante esse período. Para chegar a essa conclusão, o grupo contou com uma série de técnicas analíticas que permitiram a identificação de micróbios, proteínas e DNA presentes nas amostras, e consequentemente a construção de um quadro dos hábitos alimentares dessa população e da composição de suas bactérias intestinais.

As descobertas revelaram uma dieta rica em carboidratos e rica em fibras, consistindo em grande parte de farelo não processado e  cereais, que provavelmente eram consumidos em uma espécie de mingau. Esse alimento básico era complementado com proteínas obtidas de favas, bem como com frutas, nozes e produtos de origem animal.

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Os autores do estudo também observaram, ao comparar amostras fecais antigas com aquelas produzidas recentemente, que "o microbioma intestinal humano industrializado moderno divergiu de um estado ancestral, provavelmente devido ao estilo de vida moderno, dieta ou avanços médicos." Os pesquisadores ampliaram sua análise para incluir fungos e detectaram altas concentrações de espécies como Penicillium roqueforti Saccharomyces cerevisiae, que são usadas na produção de queijos (como o gorgonzola, por exemplo) e na fermentação da cerveja, respectivamente. O estudo completo pode ser encontrado na revista científica Current Biology.

Fonte: IFL Science