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Butantan entregará CoronaVac para países da América do Sul e da África

Por| Editado por Luciana Zaramela | 30 de Setembro de 2021 às 16h24

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Vanitjanthra/Envato Elements
Vanitjanthra/Envato Elements

Após o fim do contrato com o Ministério da Saúde, o Instituto Butantan passou a buscar novos compradores para a vacina CoronaVac contra a covid-19. Além de vender para alguns estados brasileiros, o Butantan anunciou que, em breve, começará a exportar o imunizante contra o coronavírus SARS-CoV-2 para outros países da América do Sul e da África.

“Nós estamos, neste momento, tratando do envio de vacinas para outros países. Países da América do Sul e países da África vão receber a CoronaVac, além de outros estados brasileiros, que já firmaram contrato com o Butantan”, afirmou o presidente do instituto, Dimas Covas, na quarta-feira (29). Até o momento, não foram detalhados quais países devem receber os imunizantes.

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Durante a coletiva, Dimas comentou que, em reunião com a diretoria da Sinovac — farmacêutica chinesa responsável pelo desenvolvimento da vacina —, foi reforçado o compromisso das instituições no combate à pandemia. “A Sinovac é o maior produtor mundial de vacinas para a covid-19 e atingiu a marca histórica de cerca de dois bilhões de vacinas. É a vacina mais utilizada no mundo. Por isso vamos partir para a fase internacional do fornecimento de doses”, detalhou o presidente.

Vale lembrar que, na última quarta (23), o instituto anunciou a entrega de 2,5 milhões de doses da CoronaVac para cinco estados brasileiros. Nesse esquema, o Pará vai receber 1 milhão de doses, o Mato Grosso receberá 500 mil doses, o Espírito Santo terá o repasse de mais 500 mil doses e o Ceará contará com 200 mil doses.

Doses da CoronaVac podem ser compradas por quem?

O destino oficial da produção de doses da CoronaVac do Butantan não foi anunciado ainda, mas é provável que tenha relação com a Organização Pan-americana da Saúde (Opas) —  escritório regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) — e o programa de distribuição igualitária de vacinas, o COVAX Facility. Isso porque a Opas anunciou, também na quarta-feira (29), ter fechado um acordo com a própria Sinovac para o fornecimento de imunizantes contra o coronavírus para os países-membros.

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A diretora da Opas, Carissa Etienne, comentou que o objetivo do acordo com a farmacêutica chinesa era facilitar o acesso dos países a doses complementares às já recebidas por acordos bilaterais, doações e através do Covax. “E esperamos assinar novos acordos nos próximos dias para comprar vacinas que tenham aprovação da Lista de Uso de Emergência [da OMS] a outros provedores para 2021 e 2022”, complementou. Este é o caso da CoronaVac, por exemplo.

Segundo o vice-diretor da Opas, Jarbas Barbosa, o acordo com a Sinovac prevê a entrega de 8,5 milhões de doses da CoronaVac até o final deste ano e 80 milhões em 2022. Nesse cenário, a produção do Butantan pode ser, eventualmente, um importante reforço.

Fonte: Instituto Butantan e IstoÉ Dinheiro