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Austrália trabalha em teste que avalia até 1 mil amostras de coronavírus por dia

Por| 03 de Abril de 2020 às 14h00

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ABC News
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Após promover amplamente as diretrizes de prevenção para o novo coronavírus (SARS-CoV-2), a exemplo dos cuidados com a higiene pessoal e o distanciamento social, as autoridades de todo o mundo agora aumentam o número de testes para implantar medidas proativas. Contudo, isso esbarra na escassez dos kits. Mas agora, um novo método de alto rendimento desenvolvido na Universidade de Innsbruck, na Austrália, pode ser a solução para esse problema.

Essa abordagem usa a técnica chamada de reação em cadeia da polimerase (PRC, na sigla em inglês), que gera milhões de cópias de uma determinada sequência de DNA. Isso é observado em um ponto de extremidade altamente sensível, em tempo real, para detectar traços genéticos do vírus nas amostras. Como algumas moléculas do RNA do patógeno são suficientes para identificar sua presença, é possível encontrar “uma agulha no palheiro”. A maior vantagem é que esse processo tem um alto rendimento.

O laboratório de Innsbruck pode realizar até 1 mil avaliações por dia. Caso esse novo método seja aprovado, há a possibilidade de aumentar essa capacidade. "Com essa nova abordagem, usamos reagentes diferentes dos métodos de teste convencionais. Como resultado, não somos afetados pela atual escassez de material devido à grande demanda global por testes convencionais”, explica Michael Traugott, cientista da Universidade de Innsbruck e cofundador da Sinsoma GmbH, startup derivada da Universidade de Innsbruck.

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O projeto é dos departamentos de Zoologia e Microbiologia da instituição e da Universidade de Innsbruck. Vários testes de viabilidade bem-sucedidos foram realizados nos últimos dias, em cooperação com a Sinsoma GmbH. "Queremos oferecer um método alternativo que garanta a detecção do vírus SARS-CoV-2 em alto rendimento, mesmo que a situação do suprimento se torne mais difícil. Com este novo método, nós, da Universidade de Innsbruck, queremos dar uma contribuição para apoiar efetivamente a expansão maciça da capacidade de teste para combater o coronavírus”, diz o reitor Tilmann Märk.

Fonte: Phys Org