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Após petiscos contaminados para cães, Anvisa proíbe venda de massas

Por| Editado por Luciana Zaramela | 23 de Setembro de 2022 às 09h41

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Bhofack2/Envato
Bhofack2/Envato

Na semana passada, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda de lotes de propilenoglicol, produzidos pela empresa Tecno Clean Industrial. Isso porque teriam sido contaminados por um produto tóxico e foram usados na fabricação de petiscos, o que desencadeou os casos de intoxicação e morte dos cães. Agora, a agência descobriu que uma marca de massas também teria usado o composto contaminado.

Diante dos potenciais riscos para o consumo humano, a Anvisa proibiu a comercialização, a distribuição e o uso das massas alimentícias da marca Keishi, fabricadas pela BBBR Indústria e Comércio de Macarrão, no Brasil. A ação foi detalhada na Resolução (RE) 3.122, anunciada na quinta-feira (22).

"A Anvisa realizou inspeção na BBBR Indústria e Comércio de Macarrão e verificou que essa empresa adquiriu e usou o insumo contaminado como ingrediente na linha de produção de suas massas", informa a agência, em comunicado sobre a medida.

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Vale explicar que, no mercado alimentício, a marca Keishi é responsável pela produção e comércio de vários tipos de massas de estilo oriental — como udon, yakisoba, lamen — e gyozas. Os produtos são vendidos também na forma de congelados.

Por que a Anvisa proibiu a venda das massas da marca Keishi?

Segundo investigação da Anvisa, as massas fabricadas entre 25 de julho e 24 de agosto deste ano podem conter propilenoglicol contaminado com etilenoglicol. Aqui, é importante destacar que essa substância é tóxica para o consumo humano ou animal, e é a mesma substância encontrada em petiscos para cães que foram intoxicados.

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Segundo a Anvisa, "o aditivo alimentar propilenoglicol é autorizado para alguns alimentos. Porém seu uso não é permitido na categoria de massas alimentícias, conforme a RDC 60/2007".  Apesar disso, "muitas indústrias utilizam o propilenoglicol nos processos de refrigeração, em que não há contato direto com o alimento. Portanto, quando o propilenoglicol é usado apenas no processo de refrigeração, não há necessariamente risco ao consumo dos produtos das empresas que tenham adquirido o insumo contaminado", completa.

E quem tem massas da marca que foram proibidas pela Anvisa?

Segundo determinação da Anvisa, os mercados que tenham as massas da marca Keishi não devem comercializá-las nem utilizá-las. Agora, os consumidores que têm algum desses produtos também não devem utilizá-los. "Em ambos os casos, deve-se entrar em contato com a empresa, para devolução dos alimentos", orienta a agência.

Até o momento, a Keishi não se manifestou sobre a decisão da Anvisa em proibir a comercialização das massas, segundo apuração da Agência Brasil sobre o caso.

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Fonte: Anvisa e Agência Brasil