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Anvisa quer vacinação homóloga contra covid, exceto para CoronaVac

Por| Editado por Luciana Zaramela | 26 de Novembro de 2021 às 09h01

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FabrikaPhoto/Envato Elements
FabrikaPhoto/Envato Elements

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou recomendações para a aplicação da dose de reforço das vacinas contra a covid-19 no Brasil, defendendo a imunização homóloga, na quarta-feira (24). Isso significa que as pessoas devem receber o reforço igual ao imunizante que usaram anteriormente. Por exemplo, quem recebeu duas doses da AstraZeneca tomará a dose extra do mesmo laboratório. A exceção será para a CoronaVac, em que é recomendado o uso da fórmula da Pfizer.

Essas orientações foram definidas pela Diretoria Colegiada (Dicol) da Anvisa e, no total, foram listadas 16 recomendações para o Ministério da Saúde. Inclusive, a agência pontua a importância de uma "comunicação eficiente e objetiva para os profissionais de saúde e a população" sobre o reforço.

O anúncio foi feito no mesmo dia em que a Anvisa liberou a mudança da bula da Pfizer para a inclusão da dose de reforço contra a covid-19. Até o momento, esta é a única vacina a ter aprovado o reforço, após análise de dados de eficácia e segurança. Por enquanto, os outros imunizantes são adotados de forma off label— fora da bula — no reforço, o que é permitido em momentos emergenciais, como a pandemia, ou quando faltam alternativas.

Orientação da Anvisa apara o reforço

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Dose extra da Pfizer

A Anvisa defende a vacinação homóloga, porque a maioria dos dados de estudos clínicos que recebeu foram feitos dessa forma. Entretanto, isso não significa que outros modelos possam fazer algum mal para a pessoa, o que faltam são informações completas sobre o benefício da escolha. Por isso, a pessoa deverá tomar três doses da mesma forma, quando o reforço é contabilizado.

Em casos onde o reforço precisa ser diferente, a vacina da Pfizer é a indicação oficial. "Até que novas evidências contraindiquem, quando for necessário usar uma vacina heteróloga, a vacina ComiRNAty (Wyeth/Pfizer) é a recomendação preferencial como dose única de reforço, independentemente da vacina contra a covid-19 primária usada", completa.

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Reforço da Janssen e da AstraZeneca

No momento, a Anvisa analisa os pedidos da Janssen e da AstraZeneca para a mudança da bula e inclusão do reforço. Nesse período, a agência entende que o melhor é manter o uso de doses da vacina iguais ao do primeiro esquema vacinal.

"Até que a Anvisa decida os dois protocolos já submetidos à Agência para a inclusão da dose de reforço na bula da vacina da Janssen e da vacina da AstraZeneca/Fiocruz, recomenda-se, preferencialmente, as vacinas conforme o esquema homólogo proposto pelos desenvolvedores para os esquemas da vacinação de reforço referentes ao esquema primário das vacinas da AstraZeneca/Fiocruz e da Janssen", esclarece a Anvisa sobre o tópico.

Exceção é para a CoronaVac

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Agora, como os responsáveis pela CoronaVac não solicitaram a mudança da bula e nem apresentaram, formalmente, dados sobre os benefícios do reforço para a Anvisa, a agência desconsidera o seu uso como dose extra. Neste caso, a recomendação é que as pessoas recebam a fórmula da Pfizer.

Além disso, a vacinação heteróloga é justificada pelo fato de que as vacinas de vírus inativados (CoronaVac) apresentaram uma eficácia "relativamente menor" em comparação com as vacinas de mRNA (Pfizer). Dessa forma, "recomenda-se preferencialmente a vacina heteróloga de tecnologia mRNA aprovada pela Anvisa para o esquema da vacinação de reforço referente ao esquema primário da vacina CoronaVac", explica a agência.

Recomendação da Anvisa é diferente da feita pelo Ministério da Saúde

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A recomendação diverge, em partes, do que foi proposto pelo Ministério da Saúde, na Nota Técnica nº 592021. A orientação da Saúde é de que o reforço deve ser aplicado, prioritariamente, com a fórmula da Pfizer. Dessa forma, a maioria das pessoas deverá receber a vacinação heteróloga, ou seja, um reforço diferente da fórmula usada no primeiro esquema vacinal.

"A vacina a ser utilizada para a dose de reforço deverá ser, preferencialmente, da plataforma de RNA mensageiro (Pfizer/Wyeth) ou, de maneira alternativa, vacina de vetor viral (Janssen ou AstraZeneca), independente do esquema vacinal primário", explica o texto do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a covid-19.

Inclusive, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, já defendeu o uso heterólogo das vacinas contra a covid-19. "A preferência é que essa dose adicional seja de uma vacina diferente, que é uma decisão baseada em dados e na evidência científica", explicou.

No entanto, algumas exceções devem ocorrer com a vacinação homóloga também, segundo os critérios da Saúde. Isso porque os indivíduos que receberam duas doses da Pfizer terão um reforço do mesmo laboratório. Além disso, na Nota técnica nº 612021, foi estabelecido que a segunda dose da Janssen deve ser igual à primeira.

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Diferente das duas orientações, o governo de São Paulo explicou, em nota, que a aplicação do reforço será feita com o imunizante que estiver disponível no local da vacinação. Nesse caso, a dose aplicada poderá ser da CoronaVac, da Pfizer, da AstraZeneca ou da Janssen.

Fonte: Anvisa