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Anvisa analisa autotestes de covid, mas não dá prazo final

Por| Editado por Luciana Zaramela | 17 de Janeiro de 2022 às 18h54

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Twenty20photos/Envato Elements
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu, na última sexta-feira (14), o pedido do Ministério da Saúde para autorizar os autotestes de covid-19. Caso sejam aprovados, a população poderá comprar testes de antígeno em farmácias, coletar as próprias amostras e identificar a presença do coronavírus SARS-CoV-2.

A análise sobre a liberação dos autotestes da covid-19 será feita pela Gerência-Geral de Tecnologia de Produtos para Saúde da Anvisa e ocorrerá “no menor tempo possível”, mas a agência não adiantou um prazo limite para concluir a avaliação.

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Vale lembrar que, no momento, o Brasil enfrenta uma nova onda da covid-19, marcada pela variante Ômicron (B.1.1.529) do coronavírus SARS-CoV-2. As férias e as festas de final de ano foram, em partes, responsáveis pela alta de casos.

Diante do crescimento de casos da covid-19 no país, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) alertou para o aumento na ocupação de adultos em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).

Pedido do Ministério da Saúde

“Os TR-Ag [testes de antígeno] para a detecção do SARS-CoV-2 fazem parte de uma política de saúde pública consolidada pelo MS [Ministério da Saúde], de forma que o autoteste deverá ser utilizado de forma complementar, como estratégia de triagem”, afirma a pasta, em nota técnica sobre os autotestes.

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Além da importância para a triagem, a Saúde defende que a autorização desses exames pode evitar "a não sobrecarga dos serviços de saúde, que já estão muito além do limite de sua capacidade de atendimento".

Os autotestes também podem ser uma ferramenta para encurtar o isolamento de pacientes que testaram positivo. Isso porque, segundo a Saúde, a pessoa pode deixar a quarentena se testar negativo para a covid-19 e estar assintomática após o quinto dia de sintomas. A segurança do protocolo é questionada por alguns estudos preliminares.

O que fazer com o resultado do autoteste?

De acordo com a Saúde, em caso de resultado positivo (reagente) no autoteste, "a orientação é de que o indivíduo procure atendimento em uma Unidade de Saúde ou teleatendimento para confirmação de diagnóstico e orientações pelos profissionais de saúde pertinentes de vigilância e assistência em saúde, bem como a notificação nos sistemas oficiais do MS, tendo em vista que a covid-19 é uma doença de notificação compulsória".

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Agora, se o resultado for negativo, "não deve ser descartado que o indivíduo esteja contaminado com o SARS-CoV-2, uma vez da possibilidade da realização do teste no período de incubação", afirma a Saúde. Nesses casos, é preciso acompanhar a evolução do quadro e, principalmente, dos sintomas da possível infecção.

Falta de testes

Caso os autotestes sejam aprovados pela Anvisa, o Brasil precisará lidar com um outro desafio: a possibilidade de desabastecimento. Em nota, a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) explica que há risco de falta de insumos para testes de covid-19, o que deve afetar os autotestes, também.

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Levantamento do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (Sindhosp) observou que em mais da metade dos laboratórios privados do estado de São Paulo só há testes suficientes para sete dias ou menos. A pesquisa consultou 111 laboratórios privados entre os dias 10 e 14 de janeiro.

Na rede pública de saúde da cidade de São Paulo, a prefeitura da capital já limita a testagem da covid-19 pela baixa dos estoques. No momento, os testes são realizados apenas para grupos prioritários de risco.

Fonte: Ministério da SaúdeGZH e Agência Brasil