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Algoritmo pode ajudar a monitorar o estado de consciência de pacientes em UTIs

Por| Editado por Luciana Zaramela | 22 de Setembro de 2022 às 17h30

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westend61/Envato
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Pesquisadores estão propondo, por meio de algoritmos, novas formas de monitorar a consciência de pacientes e emitir avisos aos médicos com uma velocidade sem precedentes. Pessoas em estados mais críticos, como as internadas em unidades de tratamento intensivo (UTIs), precisam de acompanhamento constante e, muitas vezes, os médicos precisam fazer decisões rápidas e importantíssimas, momentos onde qualquer informação pode fazer a diferença.

Certos algoritmos, segundo especialistas, podem ser treinados para coletar essas informações e notar diferenças importantes no estado de consciência de pacientes com base em marcadores fisiológicos que já estão sendo monitorados em alguém internado. Monitores cardíacos e medidores de pressão funcionam o tempo todo nos hospitais, mas funções cerebrais e estados de consciência são muito mais difíceis de se acompanhar, com exames que podem durar até 1 hora ou mais.

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Como a tecnologia vai funcionar

Softwares podem monitorar funções cerebrais continuamente, no entanto, percebendo mudanças importantes nos pacientes que, normalmente, são avaliadas apenas uma vez por dia, coletando informações tarde demais ou nem mesmo as notando. Embora a tecnologia ainda esteja em fase de design, resultados preliminares já mostram ser uma abordagem promissora.

A consciência humana não é um estado "ligado" ou "desligado", mas sim algo mais parecido com um botão regulador, com vários graus que mudam ao longo do dia. Analisar a condição de um paciente apenas uma vez por dia fornece dados muito limitados; o algoritmo, por outro lado, pode dar um panorama muito mais claro ao oferecer dados sobre todo o dia do indivíduo internado.

Os aparelhos que o software acompanha incluem monitores cardíacos, respiratórios, de temperatura cerebral e nível de oxigênio no sangue. Eles também podem ser monitorados independente do paciente estar dormindo ou acordado. Dados de 239 pacientes de hemorragia foram analisados para formar o algoritmo, mapeando estados de consciência através da leitura dos sensores hospitalares.

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A classificação do estado de consciência dos pacientes foi tão eficiente quanto a de médicos treinados, e quase tanto quanto a de equipamentos complexos e caros como os que realizam imageamento por ressonâncias magnéticas funcionais (fMRI). A facilidade do método, que poderá, no futuro, ser instalado ao lado de camas e fornecer informações rapidamente, é um enorme atrativo.

Há, no entanto, um longo caminho até termos tecnologias como essa em mãos. Até o momento, os dados foram coletados pelo sistema apenas antes de avaliações clínicas, e não foram postos à prova, isto é, monitorando estados de consciência 24 horas por dia. Além de ajudar pacientes, o método poderá ajudar no estudo da consciência humana, já que uma das dificuldades do campo é a falta de dados para analisar e trabalhar.

Fonte: Neurocritical Care