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92% dos casos de câncer de pulmão em não-fumantes podem ser tratados com remédio

Por| Editado por Luciana Zaramela | 05 de Outubro de 2021 às 16h30

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twenty20photos/envato
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Apesar da conhecida relação entre o câncer de pulmão e o cigarro, casos de câncer de pulmão em quem nunca fumou estão aumentando. Com isso em mente, empresas vêm investindo no desenvolvimento de medicamentos voltados para pacientes com esse tipo de câncer que nunca fumaram, e uma nova análise da Universidade Washington em St. Louis
sugere que 78% a 92% desses casos podem ser tratados com medicamentos já aprovados pela Food and Drug Administration (FDA), dos EUA.

Os medicamentos atuam visando mutações específicas no tumor de um paciente. Os pesquisadores descobriram que a maioria dos tumores de pulmão de quem nunca fumava possui mutações de erros específicos no DNA que alimentam o crescimento do tumor e que podem ser bloqueados com uma variedade de medicamentos.

Para o estudo, publicado no Journal of Clinical Oncology, os pesquisadores analisaram tumores de 160 pacientes com adenocarcinoma pulmonar, mas sem histórico de tabagismo. Eles também compararam os dados desses pacientes com os dados de fumantes e não-fumantes para caracterizar diferentes tipos de câncer.

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Os cientistas verificaram o status de não-fumantes examinando os padrões de mutação nesses pacientes e comparando-os aos padrões de mutação em câncer de pulmão de pacientes que fumaram. “O tabagismo leva a mudanças características nas células tumorais, então podemos procurar por sinais reveladores de tabagismo ou de forte exposição ao fumo passivo, por exemplo”, refletem os pesquisadores.

Os pesquisadores também descobriram que apenas cerca de 7% desses pacientes mostraram evidências de mutações presentes no nascimento que aumentaram o risco de câncer. O estudo ainda menciona os perfis imunológicos desses tumores, o que poderia ajudar a explicar por que a maioria deles não responde bem a um tipo de imunoterapia chamado de inibidores de checkpoint (drogas basicamente eliminam os “freios” do sistema imunológico, o que ajuda a reconhecer e atacar as células cancerígenas). Você pode acessar o estudo completo aqui.

Fonte: Universidade Washington em St. Louis via Futurity