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15 milhões: número real de mortes por covid-19 é o triplo do oficial, diz OMS

Por| Editado por Luciana Zaramela | 05 de Maio de 2022 às 16h55

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raferto1973/Envato
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O número real de mortes por covid-19 desde o início da pandemia é de quase 15 milhões, segundo novas estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), o que supera notavelmente a marca oficial de 5,4 milhões, e representa uma média 13% maior que o esperado em um contexto fora da pandemia.

Para chegar nisso, o órgão realizou um cálculo do "excesso de mortes", que diz respeito a quantas pessoas morreram a mais do que o esperado, com base em dados de anos anteriores à situação pandêmica. Esse excesso de mortalidade inclui mortes associadas à covid-19 direta ou indiretamente (nesse último caso, considerando o impacto da pandemia nos sistemas de saúde e na sociedade).

A produção dessas estimativas é resultado de uma colaboração global apoiada pelo trabalho do Grupo Técnico Consultivo para Avaliação de Mortalidade COVID-19 e consultas aos países. O grupo é composto por especialistas de diversas partes do mundo, segundo a própria OMS.

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“Esses dados preocupantes não apenas apontam para o impacto da pandemia, mas também para a necessidade de todos os países investirem em sistemas de saúde mais resilientes que possam sustentar serviços essenciais de saúde durante crises, incluindo sistemas de informação de saúde mais fortes”, afirma Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, em comunicado.

“A OMS está empenhada em trabalhar com todos os países para fortalecer seus sistemas de informação de saúde para gerar melhores dados para melhores decisões e melhores resultados", completa o diretor.

Segundo o comunicado da OMS, a maioria das mortes extras (84%) está concentrada no Sudeste Asiático, Europa e Américas. Enquanto isso, cerca de 68% do excesso de mortes está concentrado em apenas 10 países em todo o mundo. A distribuição do excesso de mortalidade nos países, de acordo com a renda, se dá da seguinte maneira:

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  • Baixa renda: 4%
  • Renda média-baixa: 53%
  • Renda média-alta: 28%
  • Renda alta: 15%

“A medição do excesso de mortalidade é um componente essencial para entender o impacto da pandemia. As mudanças nas tendências de mortalidade fornecem informações aos tomadores de decisão para orientar as políticas para reduzir a mortalidade e prevenir efetivamente futuras crises. Devido aos investimentos limitados em sistemas de dados em muitos países, a verdadeira extensão do excesso de mortalidade geralmente permanece oculta”, completa Samira Asma, diretora-geral assistente de dados, análises e entrega da OMS.

Fonte: OMS