Robôs podem ser preconceituosos como os humanos, revela estudo
Por Natalie Rosa | 10 de Setembro de 2018 às 08h45
Uma pesquisa conduzida pela Universidade de Cardiff, no Reino Unido, e pelo MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) descobriu que robôs podem desenvolver preconceitos assim como os seres humanos quando trabalham em equipe.
De acordo com o estudo, robôs que trabalhavam em conjunto expressavam sentimentos preconceituosos contra as máquinas que não faziam parte de suas equipes. Os pesquisadores contam que as máquinas são capazes de demonstrar e espalhar esses preconceitos apenas identificando, copiando e aprendendo os comportamentos umas das outras.
Para chegar à teoria, os cientistas aplicaram um jogo com algumas tarefas simples para os robôs envolvendo doações de fora ou dentro de seus grupos "pessoais", com base em reputações e estratégias. Com isso, eles descobriram que houve um aumento de preconceito contra robôs de outros grupos com o passar do tempo.
Os pesquisadores contam que a propagação desse "sentimento" cresce com facilidade e que deve ser aplicada uma pausa conforme os robôs ganham autonomia.
Roger Whitaker, um dos pesquisadores da Universidade de Cardiff, conta que as simulações mostraram que o preconceito é uma força poderosa que pode facilmente incentivar robôs. "É possível que máquinas autônomas com habilidade de identificar preconceitos e copiá-los sejam suscetíveis, no futuro, a fenômenos preconceituosos que vemos na população humana", disse o cientista.
Fonte: TechCrunch