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Novo robô testa “sudorese eletrônica” para resfriar sua própria temperatura

Por| 31 de Janeiro de 2020 às 21h00

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Novo robô testa “sudorese eletrônica” para resfriar sua própria temperatura
Novo robô testa “sudorese eletrônica” para resfriar sua própria temperatura

Uma das grandes habilidade dos seres humanos é contar com um sistema de resfriamento natural que permite manter o corpo em equilíbrio. Agora, cientistas da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, em parceria com o Instituto Italiano de Tecnologia, na Itália, desenvolveram novos robôs que contam com algo parecido para evitar o superaquecimento.

"Não somos os animais mais rápidos, mas os primeiros seres humanos obtiveram sucesso como caçadores persistentes”, diz T.J. Wallin, um dos pesquisadores, ao citar a vantagem que o suor agregou ao homem ao longo dos séculos. Projetado para lidar com cenários em que longas horas de operação, o autômato, na forma de uma pinça de três dedos, pode emular as glândulas sudoríparas para manter o desempenho, mesmo em situações de calor intenso.

Reservatórios ocos e pressurizados dentro dos dedos são preenchidos com água e conectados à superfície por meio de dutos feitos de plástico reativo ao calor. Quando essa capa atinge uma certa temperatura, os poros se abrem e o líquido é empurrado para fora. Em seguida, evapora com um efeito de resfriamento duas vezes mais eficaz do que os dos animais mais suados do reino animal, segundo a publicação registrada no jornal científico Science Robotics.

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Cientista explica por que “suar” é um método mais eficaz

A maioria dos robôs é feita de metal, que é um excelente condutor e, portanto, bom em dispersar o calor por si só. Mas os autômatos projetados para tarefas delicadas, como procedimentos médicos e embalagem de frutas, são feitos de borracha, que funcionam como bom isolante. “Suar” pode ser uma opção mais adequada nesse caso.

Além disso, ao “incorporar as glândulas sudoríparas em uma máquina”, é possível resfriá-la abaixo da temperatura do ambiente, algo que não é possível com os modelos ambientais, como os ventiladores. Isso também significa que o robô pode operar de forma independente, mantendo-se fresco em locais onde não estão há ventilação externa.

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"Acreditamos que [este] é um componente básico de um robô de propósito geral, adaptável e duradouro", disse Robert Shepherd, professor associado da Escola Sibley de Engenharia Mecânica e Aeroespacial de Cornell e coautor do pesquisa. O pesquisador afirmou também que, no futuro, esse mesmo projeto pode se adaptar à coleta de líquidos, pelo mesmo duto usado para a “sudorese eletrônica”.

Ainda faltam ajustes importantes para funcionar direito

Bem, todos sabemos que, ao suarmos, precisamos recompor nosso estoque de líquidos. Fazemos isso bebendo, algo que os robôs precisam realizar de forma diferente — e essa é uma das barreiras a ser superada. O maior problema é que a transpiração causa seus próprios problemas de desempenho nas máquinas, ao reduzir o atrito dos "dedos" da garra — mãos escorregadias não são necessariamente seguras. Os cientistas tentam compensar isso ao modelar a faixa de temperaturas em que a pinça tem melhor performance e ao instruir o autômato a “suar com moderação”, para se manter nessa zona.

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O projeto ainda está em desenvolvimento, mas pode ser que estejamos perto de vermos alguns desses “robôs flexíveis suadores” por aí muito em breve, especialmente nos setores de saúde e construção.

Fonte: The Verge, Science Robotics