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Elon Musk está financiando um projeto de robô que ajuda nas tarefas domésticas

Por| 25 de Julho de 2016 às 21h26

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Divulgação
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Um robô equipado com inteligência artificial que ajuda nas tarefas domésticas. Seria seu sonho? Pois pode estar prestes a se tornar realidade e, ainda por cima, com um incentivo do CEO da Tesla Motors e da SpaceX, Elon Musk (e de outros figurões do vale do Silício). Este é o novo projeto da OpenAI, organização sem fins lucrativos que pesquisa a inteligência artificial com foco no benefício humano.

A OpenAI está reprogramando robôs da Fetch Robotics, empresa que fabrica hardware de automação. Os pesquisadores estão acrescentando aos robôs um software que os permite treiná-los por meio de tentativa e erro.

Ao contrário de esperar grandes descobertas em hardware, este projeto apresenta a capacidade de inovação usando a relação software e máquina, o que dá à robótica notáveis habilidades. A Fetch produz muitos robôs para serem usados em depósitos ou almoxarifados, por exemplo, incluindo sistemas que os permitem seguir os trabalhadores ao redor do local carregando itens que são lançados numa cesta. A OpenAI está usando um sistema que possui uma base móvel, mas também traz sensores de profundidade em 3D, um scanner a laser 2D e um braço robótico.

Para ajudar na pesquisa, a OpenAI contratou o pesquisador Pieter Abdeel, professor na Universidade da Califórnia e especialista em aprendizagem robótica. Os robôs de Abdeel aprendem uma tarefa do zero usando uma rede neural que recebe impulsos de sensores e controla os movimentos físicos. Segundo o canal de reviews de tecnologia do MIT, esta rede ajusta os parâmetros automaticamente à medida em que o robô se aproxima de conseguir o feito. Eles podem errar muitas vezes durante o processo de aprendizagem até que aprendam como segurar determinado objeto, por exemplo.

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Para fazer com que estes robôs sejam capazes de reproduzir ações mais complexas, os pesquisadores estão utilizando um método chamado de "profundo aprendizado por reforço". Nesta técnica é possível acrescentar nos robôs uma programação que seria muito difícil de ser aplicada "à mão", como por exemplo dobrar uma toalha ou recolher itens da geladeira. Algo muito parecido com o que a Google DeepMind faz para conseguir que os computadores joguem games em um nível superhumano.

Marc Deisenroth, especialista em aprendizagem por reforço no Imperial College London, afirma que se este objetivo de aprendizagem for alcançado, trará benefícios industriais e econômicos. "Imagine um robô não apenas limpando o chão, mas também lavando a louça, engomando as camisas, limpando as janelas ou preparando o café", elenca Deisenroth na lista de possibilidades.

"Deixar de ter que programar robôs manualmente para capacitá-los ao aprendizado autônomo é um elemento chave para o futuro da robótica", disse Jens Kober, outro especialista em aprendizagem robótica na Delft University of Technology, na Holanda. Ele ainda aponta que ter robôs que compartilham a informação que aprenderam também será crucial.

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A OpenAI confirmou que está usando os robôs da Fetch, mas não fez mais comentários. A organização foi fundada por Elon Musk e outras personalidades do vale do Silício, como Jessica Livingston e Melonee Wise, fundadora da companhia.

Algumas empresas japonesas – como a Fanuc – já começaram seus testes na aprendizagem por reforço como um jeito de treinar robôs industriais a terem novas habilidades de um modo mais rápido. O Google também desenvolve pesquisas nessa mesma linha de aprendizagem.

Fonte: MIT Technology Review