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Crianças tendem a mudar de opinião mais facilmente para concordar com robôs

Por| 15 de Agosto de 2018 às 20h40

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Crianças tendem a mudar de opinião mais facilmente para concordar com robôs
Crianças tendem a mudar de opinião mais facilmente para concordar com robôs

Crianças estão cada vez mais conectadas às novas tecnologias que surgem no mercado. Entretanto, pesquisadores da Universidade de Plymouth, na Inglaterra, descobriram que as crianças são mais suscetíveis a concordar com opiniões emitidas por robôs do que adultos. Para realizar o estudo, eles aplicaram o teste de conformidade de Asch em crianças e adultos.

O teste de conformidade de Asch foi criado na década de 1950 pelo psicólogo social Solomon Asch para determinar a influência de terceiros nas opiniões pessoais. O teste consiste em expôr questões simples, como perguntar se dois segmentos de linha possuem o mesmo tamanho, inicialmente para o indivíduo testado sozinho e depois testá-lo novamente frente à opinião de outros.

No teste da Universidade de Plymouth, crianças com idades entre 7 e 9 anos obtiveram pontuação média de 87% de acertos quando sozinhas. Mas a pontuação baixou para 75% quando as crianças foram novamente testadas após terem contato com as opiniões emitidas pelos robôs, sendo que 74% das respostas erradas que os pequenos apresentaram condiziam com as informações apresentadas pelos entes autômatos. Já os adultos não apresentaram grandes alterações quando testados, mostrando que são menos afetados pelas opiniões robóticas.

O professor de robótica e responsável pelo estudo Tony Belpaeme declarou: "As pessoas costumam seguir as opiniões dos outros", enquanto explicava que o interesse pelo tema surgiu após a equipe perceber que os robôs já são uma realidade no cotidiano de empresas e da prestação de serviços. "Ficamos imaginando se as pessoas se adaptariam aos robôs", disse.

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A conclusão que o estudo descortinou fez com que os pesquisadores defendessem o debate sobre medidas de proteção para "minimizar o risco para as crianças durante a interação social entre elas e os robôs". Segundo Noel Sharkey, presidente da organização Foundation for Responsible Robotics, as preocupações com a influência de robôs sobre as crianças, mas não sobre os adultos, pode levar à exploração mercadológica da infância. Ele ressalta que essas questões devem ser debatidas o quanto antes, em especial quando se desenvolve tecnologias de robótica voltadas para a puericultura e educação infantil.

Fonte: BBC