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Uber perde mais de US$ 1 bilhão e cita desaceleração em corridas e entregas

Por| 15 de Novembro de 2018 às 11h34

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Uber perde mais de US$ 1 bilhão e cita desaceleração em corridas e entregas
Uber perde mais de US$ 1 bilhão e cita desaceleração em corridas e entregas
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A Uber voltou a anunciar perdas em seu relatório financeiro para o terceiro trimestre de 2018, revelando uma baixa de US$ 1,07 bilhão. Não seria uma notícia de todo assustadora, afinal de contas, estamos falando de uma companhia daquelas que operam no vermelho desde sua fundação, mas o que realmente chamou a atenção da empresa e dos investidores foi a citada desaceleração no volume de corridas e entregas, com aumento de apenas 6% nestes quesitos.

Os números apresentados nesta quarta-feira (14) representam o terceiro trimestre consecutivo de crescimento da Uber com dígitos únicos. Com isso, claro, as perdas também cresceram, com o total de US$ 1,07 bilhão representando um aumento de 20% em relação ao trimestre anterior, mas também uma melhoria de 27% em relação a 2017. Também, pudera: há um ano, a empresa estava no olho do furacão e bem no meio dos escândalos que levaram à saída do fundador e CEO Travis Kalanick.

O relatório financeiro trouxe más notícias, principalmente, no caminho da Uber para sua abertura de capital, marcada para meados do ano que vem. Não há problemas, para os investidores, quanto aos números atualmente no vermelho, mas a ideia do mercado é que a Uber precisa demonstrar sua força e crescimento, deixando claro que conseguirá chegar ao azul no futuro próximo, assim, ganhando valor de mercado e o interesse dos investidores.

Hoje, a companhia tem um total estimado em US$ 76 bilhões, com a expectativa de chegar à casa dos US$ 120 bilhões com seu IPO. Nomes como SoftBank e até a família real da Arábia Saudita estão entre os principais investidores (e também garantidos no negócio), trazendo mais confiabilidade para os papeis do serviço de transportes e entregas. Ainda assim, entretanto, a ideia é de que ainda existem alguns degraus para serem galgados e o tempo está contando já que, de acordo com os termos do investimento feito pela gigante japonesa, a Uber precisa abrir suas negociações na bolsa até o dia 30 de setembro de 2019.

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Um dos caminhos encontrados pela empresa para se manter em movimento acelerado é o investimento nos serviços de delivery, bem como nas mais recentes plataformas de aluguel de bicicletas e scooters. Além disso, para evitar um abismo ainda maior nas perdas, a Uber vendeu suas operações em territórios desafiadores, nos quais tinha dificuldade em ganhar tração, e abandonou outros, deixando seu foco todo concentrado nos países em que já é sucesso.

Apesar da continuidade do crescimento em um único dígito, o diretor financeiro da Uber, Nelson Chai, afirmou que o terceiro trimestre foi mais uma demonstração de força. Ele explicou que a empresa é um negócio global e, com o tamanho e o escopo exibido, quedas desse tipo seriam normais. O investimento, segundo ele, está no futuro e é de longo prazo, principalmente quando se fala em mercados de alto potencial como a Índia e o Oriente Médio.

Fonte: Reuters