Tesla diz que pediu auxílio emergencial do governo por conta da pandemia
Por Stephanie Kohn | 28 de Julho de 2020 às 13h42
A Tesla informou, por meio de um comunicado nesta terça-feira (28), que recebeu auxílio emergencial do governo dos Estados Unidos para ajudá-los na folha de pagamento. Segundo a empresa, o dinheiro veio no primeiro semestre do ano para reduzir o impacto da pandemia em seus negócios.
A única fábrica norte-americana da Tesla, que fica no Estado da Califórnia, e é onde a maioria dos carros da companhia é produzida, foi fechada por cerca de seis semanas no segundo trimestre, após um impasse inicial com as autoridades locais. Outra fábrica, em Nova Iorque, de painéis solares, também foi temporariamente fechada.
No comunicado, a empresa disse que, juntamente com cortes de custos, o auxílio compensou quase todas as despesas geradas pela paralisação das fábricas durante a quarentena. O presidente-executivo, Elon Musk, no entanto, se posicionou contra uma nova rodada de estímulos que vem sendo debatida pelo Congresso norte-americano.
Apesar do comunicado, a Tesla e sua subsidiária SolarCity não aparecem em uma lista da US Small Business Administration, que concedeu empréstimos perdoáveis a milhões de empresas, segundo a Reuters. A agência de notícia chegou a pedir um comentário da empresa, mas a Tesla não respondeu.
Crise, mas nem tanto
Ainda que a paralização das fábricas tenha colaborado com a crise da empresa, Elon Musk por si só, não sofreu com a pandemia. Pelo contrário. Segundo o Institute for Policy Studies (Instituto de Estudos Políticos), o executivo viu sua fortuna aumentar 55% no período, adicionando aos seus bolsos US$ 15,3 bilhões desde o início de 2020.
O instituto ainda informou que a riqueza total dos bilionários norte-americanos chegou a US$ 3,5 trilhões durante a pandemia - um número bastante grande quando se compara com os mais de 20 milhões de americanos que estão recebendo auxílio desemprego. Quando a comparação é feita com o Brasil, o negócio piora. Por aqui, cerca de 100 milhões de pessoas pediram auxílio emergencial ao governo, até junho deste ano.
Fonte: Reuters