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Samsung prevê queda de 30% no faturamento do final de 2018

Por| 08 de Janeiro de 2019 às 11h25

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Samsung prevê queda de 30% no faturamento do final de 2018
Samsung prevê queda de 30% no faturamento do final de 2018
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Enquanto a CES 2019 acontece nos Estados Unidos, cheia de luzes, anúncios e novidades, o panorama revelado pela Samsung fora dela é um pouco mais sóbrio. Em um comunicado enviado a investidores e acionistas nesta terça-feira (8), a fabricante disse prever uma queda de 30% em seu faturamento no final de 2018, citando incertezas econômicas e dificuldades mercadológicas como fatores que influenciam essa negatividade.

A expectativa é de lucros na faixa dos US$ 9,6 bilhões, contra US$ 13,5 bilhões ao final de 2017, e uma queda de 11% nas vendas, que devem acumular um faturamento total de US$ 52,5 bilhões. A previsão negativa, ainda, seria apenas o começo de uma sequência de retrações, montando uma situação que só deve melhorar a partir do segundo semestre deste ano.

A previsão antecipa a divulgação de relatório fiscal que deve sair nas próximas semanas, mas já cita os dois principais motivos para essa redução. De acordo com a Samsung, a demanda por chips de memória caiu ao longo dos três últimos meses do ano passado, enquanto aumentou a competição no mercado de smartphones, principalmente, em territórios estratégicos. A expectativa é de manutenção da liderança no setor, mas com números abaixo dos que foram vistos ao fim de 2017.

Falando de maneira generalizada, a fabricante também citou dificuldades macroeconômicas crescentes como motivo para a redução. Ela não entra em detalhes aqui, mas, provavelmente, se refere às disputas comerciais entre China e Estados Unidos, que dificultaram o comércio de dispositivos em um dos mercados mobile mais importantes da atualidade e levaram à queda não apenas da Samsung, mas boa parte das empresas estrangeiras que atuam por lá. Foi uma das razões apontadas também pela Apple para uma baixa semelhante em seus números.

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Se celulares não estão vendendo mais tão bem em terras chinesas, o fornecimento de chips também sofreu o impacto das tensões entre os dois países, com a indústria recuando e diminuindo o ritmo de fabricação de aparelhos. Sendo assim, o fornecimento de componentes como os chips de memória da Samsung ou os displays também fornecidos por ela para parceiras, deixaram de ser o backup usual das flutuações do setor de celulares em si.

O anúncio, mesmo firmado em bases sólidas e já esperado por analistas, não caiu bem para o mercado. As ações da Samsung fecharam com queda de 1,7% na Bolsa de Valores de Seul, na Coreia do Sul, e mantiveram o movimento de baixa que se acumula desde meados do ano passado. A marca teve perda de quase 25% no acumulado de 2018.

A perspectiva de melhoria da metade de 2019 em diante tem a ver com a chegada dos primeiros modelos de celulares com conexão 5G. A expectativa da Samsung é que o novo padrão gere uma corrida às lojas e, também, maiores gastos em termos de infraestrutura. A fabricante também citou a chegada dos primeiros smartphones dobráveis ao mercado como um ponto central dessa recuperação.

Na visão de especialistas, entretanto, já se foi o tempo em que o fornecimento de chips de memória, telas e outros componentes representavam a maior parte do faturamento. Na medida em que empresas menores se solidificam no mercado, aumenta o poder de barganha e, claro, a oferta de parcerias diferentes, o que pode colocar empresas consolidadas desse negócio em maus lençóis. A liderança no setor de smartphones pode estar garantida por mais um bom tempo, o que faz com que todo o restante seja o grande ponto de interrogação para o futuro próximo.

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Fonte: CNN