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Nubank tem prejuízo de R$ 122 milhões em 2016, mas aumenta receita

Por| 24 de Abril de 2017 às 15h35

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Nubank tem prejuízo de R$ 122 milhões em 2016, mas aumenta receita
Nubank tem prejuízo de R$ 122 milhões em 2016, mas aumenta receita

A Nubank, empresa de tecnologia financeira que emite cartões de crédito com bandeira Mastercard sem anuidade, anunciou um prejuízo de R$ 122 milhões em 2016. De acordo com os números divulgados pela empresa na última quinta-feira (20), a receita foi de R$ 77,09 milhões no ano passado, o que representa um crescimento de quase sete vezes em relação aos R$ 10,4 milhões que foram registrados em 2015.

Com o aumento da receita, entretanto, veio também um crescimento no prejuízo, que há dois anos, era de R$ 32,7 milhões. O Nubank atribuiu o resultado negativo ao rápido crescimento na operação, que apesar de contar com um baixo custo de aquisição por cliente, tem gastos consideráveis com a emissão de cartões e o envio dos plásticos.

Como aponta o diretor financeiro da Nubank, Gabriel Silva, os acionistas estão confortáveis com a estratégia atual adotada pela empresa e, por isso, o resultado não é motivo de preocupação. Aproximando-se da marca de um milhão de cartões emitidos desde o começo de seu funcionamento, em 2014, a companhia foca agora em expansão e contas rentáveis, deixando a obtenção de lucro líquido em segundo plano.

Os números divulgados mostram um grande crescimento na operação da Nubank. Os gastos com pessoal, por exemplo, mais do que dobraram, enquanto as despesas administrativas quase triplicaram e os custos dos serviços prestados tiveram aumento de 341% em 2016. Hoje, são cerca de nove milhões de pedidos de novos cartões em uma lista de espera.

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Apesar de estar sossegada com a estratégia atual, entretanto, a empresa aponta que a situação de prejuízo pode continuar a acontecer no futuro próximo, caso o crescimento acelerado do Nubank continue como está. Os R$ 500 milhões atualmente em caixa, por exemplo, devem ser usados para investimentos em tecnologia e o financiamento das operações com o crédito rotativo dos cartões.

Enquanto a maior parte do faturamento vem da taxa cobrada por lojistas a cada transação pelo emissor do cartão, a busca por números melhores e mais expansão, entretanto, passa pela criação de novos produtos como uma financeira, para a qual a Nubank busca autorização.

Além disso, a cessão de parte de sua cota de recebíveis para fundos de direito creditórios também são parte integrante da operação. Atualmente, a empresa de tecnologia também está iniciando um programa de pontos que tem como diferencial a ausência de uma data de validade para os créditos recebidos pelos clientes.

Fontes: Nubank, Valor Econômico