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HP apresenta vendas surpreendentes no mercado de PCs e impressoras

Por| 22 de Novembro de 2017 às 11h24

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O mercado de computadores pessoais pode estar passando, já há alguns anos, por uma estagnação, mas pelo jeito isso não vale para a HP Inc. A empresa anunciou nesta quarta-feira (22) seus resultados financeiros para o quarto trimestre do ano fiscal 2017, com um aumento de 11% nas vendas, sendo 4,4% somente no segmento de PCs, com um total acumulado de US$ 9 bilhões em faturamento. Com isso, mais uma vez, ela assume o posto de maior fabricante de máquinas desse tipo no mundo, deixando sua principal rival, a Lenovo, para trás.

Outro resultado surpreendente veio da divisão de impressão, outro segmento que muitos analistas davam como estagnado. No quarto trimestre do ano fiscal recém-encerrado, entre agosto e outubro de 2017, a companhia viu um aumento de 7% nas vendas do setor e um faturamento total de US$ 4,8 bilhões.

Na somatória, os lucros totais foram de US$ 13,9 milhões, 11% acima do registrado no mesmo período do ano passado. O mesmo vale para os ganhos em ações, com os papéis tendo valorização de US$ 0,39 cada ao longo dos últimos doze meses, resultando em ganhos de US$ 660 milhões para os acionistas.

Tanto nos setores de PCs quanto de impressoras HP, a expectativa é de continuidade nos resultados positivos, muito por conta de um trabalho de reorganização pelo qual a companhia está passando. Ainda fruto de sua separação em duas, com os negócios relacionados a servidores e máquinas corporativas sendo separados do segmento pessoal, os números comemorados agora também foram associados aos trabalhos do CEO Dion Wiesler, que lidera o processo de corte de custos e reposicionamento da companhia.

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Outros fatores também ajudaram, como o investimento na oferta de impressoras 3D e a compra do setor de impressão da Samsung, que trouxe uma grande base de clientes e novos equipamentos ao portfólio da HP Inc. Apesar disso, houve um aumento de cerca de 10% nos gastos totais em relação ao terceiro trimestre do atual ano fiscal. A empresa afirma que esse valor é oriundo dos esforços de pesquisa, desenvolvimento e marketing, que contribuíram ativamente para os resultados atuais e, mais do que isso, foram completamente compensados pelas ótimas vendas dos equipamentos.

A empresa reajustou sua projeção de ganhos por ação, afirmando, agora, que elas fecharão 2018 com uma valorização entre US$ 1,75 e US$ 1,85 cada. Entretanto, executivos já deixam claro que o crescimento acelerado de agora deve ser um tanto complicado de ser mantido no longo prazo.

Mais uma vez, estamos falando da estagnação do mercado de PCs e impressoras e do fato de que, ao contrário do que acontece com a indústria mobile, por exemplo, empresas e usuários que adquirem computadores não realizam trocas anuais, muitas vezes passando de cinco a seis anos com as mesmas máquinas. Com isso, a perspectiva para o primeiro semestre do ano fiscal 2018, que se encerra em março do ano que vem, é de um aumento de apenas 3% nas vendas.

O cenário deve mudar a partir de abril, quando os reflexos da aquisição da divisão de impressoras da Samsung já estiverem diluídos e seus produtos passarem a ser parte integrante do portfólio da HP Inc. Com a chegada de mais produtos focados no segmento corporativo, a companhia espera ver um aumento que, pelo menos, dobre os ganhos do primeiro semestre. 2018 parece que vai ser um ano bom para a empresa, apesar da cautela demonstrada por seus executivos.

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Fonte: Globe News Wire, Bloomberg