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Cinemark registra perdas de US$ 60 milhões, e o pior ainda está por vir

Por| 03 de Junho de 2020 às 12h33

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Cinemark
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Entre os diferentes setores afetados diretamente pela pandemia do novo coronavírus, os cinemas estão entre os que mais sofrem. E os primeiros resultados do isolamento social necessário para contenção da contaminação apareceu nos números da Cinemark, que apresentou perdas de US$ 59,6 milhões no primeiro trimestre de 2020. O resultado já denota baixas ainda maiores, já que as salas foram fechadas apenas em março, e permanecem desta maneira até hoje na maioria dos países.

O faturamento de US$ 543,6 milhões é correspondente a basicamente os dois primeiros meses do ano. Os números ficaram abaixo até mesmo da expectativa de analistas, que já previam a queda e aguardavam um total de US$ 556,7 milhões para a companhia. As perdas foram de US$ 0,51 por ação para os investidores da Cinemark, também abaixo da previsão de especialistas, na casa dos US$ 0,18.

Na comparação, o abismo se mostra ainda maior, embora estejamos falando de duas situações bem diferentes. O resultado do primeiro trimestre de 2019 foi de US$ 714,7 milhões em faturamento, com o mundo na normalidade e curtindo uma temporada de férias que leva muita gente ao cinema, com a chegada de blockbusters e filmes com foco infantil. Por mais que esses aspectos ainda possam ser considerados nos resultados de 2020, ainda assim a retração é um indício de que o pior ainda está por vir.

O fechamento dos cinemas da rede levou a uma queda de 27% no número de frequentadores no período, com 45,8 milhões de pagantes e faturamento de US$ 292,5 milhões, enquanto houve queda na receita de concessões para abertura de novas salas, com US$ 190,4 milhões registrados. Por outro lado, leves aumentos foram registrados no preço geral dos ingressos (0,6%) e nos ganhos oriundos dessas mesmas concessões (3,2%).

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O relatório financeiro desenha números ainda mais baixos para o atual trimestre, com as salas permanecendo fechadas em muitos países, incluindo o Brasil. No documento, a empresa também relata algumas ações que estão sendo tomadas para conter o rombo, como negociações com proprietários de shoppings e imóveis onde os cinemas estão localizados e o corte no salário de executivos, incluindo o CEO Mark Zoradi, que está sem receber desde março.

Outras medidas incluem o corte de 17,5 mil funcionários da rede em todo o mundo e reduções salariais para os que restaram e permanecem, atualmente, em casa. Colaboradores executivos também sofreram com demissões e tiveram cortes de até 20% no pagamento enquanto permanecem trabalhando em regime de home office. Além disso, a empresa pretende liberar US$ 250 milhões em títulos de dívida como forma de aumentar a liquidez nesse período.

Por outro lado, estão mantidos os planos de expansão para este ano, ainda que eles também estejam paralisados temporariamente. O relatório da Cinemark não faz menção ao fechamento de salas, mantendo o total de 6,1 mil locais de exibição em todo o mundo, e permanecem as iniciativas de abertura de cinco novos complexos, com 48 telas no total, até o final de 2020.

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Os números eram esperados, mas não soaram bem para o mercado. As ações da Cinemark registraram baixa de 2,2% na abertura do pregão desta quarta-feira (03) e, no momento em que essa reportagem é escrita, são negociadas a US$ 15,65.

Fonte: The Wrap