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Cenário econômico afeta TIM, mas resultados são positivos

Por| 09 de Maio de 2019 às 11h59

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Em balanço financeiro divulgado nesta semana, a TIM afirma ter sido afetada de forma significativa pelo cenário econômico atual, com uma economia estagnada e uma maior cautela dos brasileiros na hora de gastar seu dinheiro. Ainda assim, o relatório apresenta resultados majoritariamente positivos, com a queda de 10,4% nos lucros líquidos, que chegaram a R$ 220 milhões neste primeiro trimestre de 2019, sendo uma das poucas notas negativas da divulgação aos investidores realizada na noite de terça-feira (7).

A receita líquida, por exemplo, cresceu 1,7% e chegou a R$ 4,19 bilhões, sendo que a maior parte desse montante veio de serviços móveis. Sozinho, esse segmento teve aumento de 0,4% e representou R$ 3,79 bilhões do total acumulado pela operadora nos primeiros três meses de 2019. Um dos destaques foi o aumento de 45,3% nos contratos de telefonia pós-paga, além de um movimento de 18,4% na conversão de clientes a partir de planos pré-pagos.

A TIM fechou o primeiro trimestre de 2019 com 55 milhões de clientes móveis, uma queda de 4,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Por outro lado, houve uma queda significativa na base de usuários pré-pagos, de 12,5%, enquanto cresceu em 11,4% o total de pós. Também aumentou o número de acessos 4G, em 20%, com 67% dos utilizadores dos serviços da companhia já acessando a internet por meio dessa tecnologia.

Ao comentar esse resultado, especificamente, o novo presidente da operadora, Pietro Labriola, criticou a dinâmica atual do mercado, que tenta praticar preços cada vez mais baixos em busca de novos clientes. Para ele, o foco está errado e deveria se concentrar na qualidade dos serviços, que levam os usuários a gastarem mais e migrarem para outros planos das companhias, como as modalidades híbridas, também conhecidas como “controle”, que receberão mais atenção e iniciativas de marketing da empresa neste ano.

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Ainda assim, a situação macroeconômica levou os brasileiros a serem mais critériosos com seus gastos e o mesmo vale também para a transferência do pré para pós, com filtros de crédito mais agressivos. Esse cenário pouco favorável também levou a um aumento na provisão para devedores duvidosos (PDD), um montante voltado para cobrir eventual inadimplência dos clientes. O indicador fechou o primeiro trimestre de 2019 com aumento de 49,2% em relação ao mesmo período do ano passado, representando 2,8% da receita bruta da empresa.

Esse total contrasta, por outro lado, com um aumento de 5,3% na receita média mensal por usuário, mais um fruto da já citada migração entre planos, com clientes optando por pacotes maiores, com recursos adicionais e, logicamente, mais caros. Esse movimento também explica a continuidade dos altos investimentos em infraestrutura, com redes de transporte e 4G, principalmente, recebendo 90% do total colocado pela empresa nesse quesito.

Na telefonia fixa, o aumento foi de 26%, com 946 mil clientes registrados, enquanto o serviço TIM Live, que fornece internet residencial por meio de fibra óptica, teve crescimento de 18,3% e chegou a 486 mil contratos. Este é mais um ponto de atenção para a empresa, pois representa um segmento de alto valor capaz de atrair bons resultados no futuro, na medida em que a TIM aumenta sua cobertura e atrai novos clientes.

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Na visão de Labriola, o relatório do primeiro trimestre de 2019 demonstra uma empresa com postura sólida e bons resultados, mas que também deve enfrentar desafios significativos no futuro próximo. O executivo disse que o foco deve recair sobre os setores que geram maior lucratividade para a companhia e fidelizam os clientes, enquanto uma capacidade de mudar rapidamente deve gerar confiança, mesmo com a situação do país adquirindo tons cada vez mais desfavoráveis.

Fonte: TIM