Intel supera expectativas de analistas com resultado financeiro do Q3 2014
Por Muni Perez | 15 de Outubro de 2014 às 11h56
A Intel apresentou, nesta terça-feira (14), os resultados financeiros referentes ao terceiro trimestre do ano fiscal de 2014. Os números não só foram animadores como superaram a expectativa dos analistas, principalmente por causa das vendas de PCs, que têm ganhado força nos últimos meses.
Como destaca o Venture Beat, os resultados da empresa são muito importantes para a indústria e servem como indicadores do mercado de PCs, já que a companhia americana é a maior fabricante mundial de processadores para a plataforma.
Segundo o relatório, a receita total foi de US$ 14,6 bilhões, alta de 8% em relação ao mesmo período do ano anterior, e o lucro de US$ 4,5 bilhões, uma margem de 30%.
A maior parte da receita veio da divisão de PCs, que fornece processadores para a indústria de computadores, com US$ 9,2 bilhões, 9% maior do que o mesmo período em 2013. Já a divisão de data centers foi a que teve a maior alta (16%), chegando a US$ 3,7 bilhões, seguida pela ainda pequena divisão dedicada à Internet das Coisas (IoT), cuja receita chegou a US$ 530 milhões, 14% acima do período correspondente no ano passado.
Apesar da alta nos números, a companhia ainda enfrente muitas dificuldades na área de computação móvel, onde Apple e Qualcomm dominam. Sua participação neste mercado ainda é muito pequena e o prejuízo chega a US$ 1 bilhão. Esse resultado, no entanto, já havia sido previsto por analistas e a companhia espera melhorar o desempenho nos próximos meses, com a introdução da linha de processadores SoFIA, voltada para smartphones de baixo custo.
Com os resultados negativos, a Intel começa a se reerguer após uma complicada situação iniciada em 2011, quando a venda mundial de PCs desacelerou. Desde aquela época o número de computadores vendidos no mundo apenas caiu.
Mas, com o novo CEO, Brian Krzanich, que assumiu em 2013, a estratégia aparenta estar dando certo. As vendas de PCs voltaram a crescer, apesar de timidamente, e, com margem de lucro de 30%, a companhia é uma das mais lucrativas da indústria de tecnologia.
Para o próximo trimestre, a empresa prevê um faturamento de US$ 14,7 bilhões, com margem de US$ 500 milhões para mais ou para menos, além de uma margem de lucro bruta de 64%. Os gastos com Pesquisa & Desenvolvimento e gastos Gerais, com Marketing & Administrativos, devem totalizar US$ 4,9 bilhões, além de US$ 11 bilhões em gastos de capital.