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YouTube | Vídeos removidos dobram durante pandemia, mas falsos positivos também

Por| 26 de Agosto de 2020 às 20h15

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Pixabay
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O início da pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2) apresentou um dilema para o Google, que se viu obrigado a dispensar funcionários do YouTube para que trabalhassem de home office: o que é melhor, pecar pela falta ou pelo excesso? No caso da retirada do ar de vídeos impróprios, a escolha foi feita pelo segundo caso, o que levou a um aumento de mais de 100% nas remoções entre abril e junho de 2020.

O total de 11 milhões de postagens retiradas do ar aparece no relatório de transparência da empresa, divulgado nesta semana. Entre abril e junho deste ano, 33,5% das remoções aconteceu devido a questões ligadas à segurança infantil, com spams e fake news constituindo um segundo lugar próximo, com 28,3%. Em terceiro estão os vídeos contendo nudez ou conteúdo sexual (14,6%), seguido de vídeos violentos (10,6%) e daqueles que promovem discurso extremista ou de ódio (8,1%).

O foco no excesso, entretanto, também levou a um crescimento idêntico no número de apelações às remoções, quando criadores solicitam uma nova verificação por acreditarem que a retirada aconteceu de forma equivocada. De acordo com o YouTube, 3% dos vídeos retirados foram assunto de pedidos desse tipo, um total que também representa o dobro do registrado no primeiro trimestre de 2020. Aumentou, também, o total de falso positivos, com 50% das apelações resultado no reestabelecimento do conteúdo, contra 25% nos primeiros três meses do ano.

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O Google explica isso pelo maior uso de sistemas automatizados, que detectam de forma direta possíveis conteúdos impróprios com base em inteligência artificial e machine learning. A empresa admite saber que tais tecnologias são capazes de errar e, por isso mesmo, ressalta o número de apelos bem-sucedidos, ao mesmo tempo em que chama a atenção para o fato de a esmagadora maioria dos vídeos efetivamente serem problemáticos, o que deve reforçar a utilização do sistema pelo período de extensão da pandemia.

Apesar disso, os moderadores humanos continuam sendo peça essencial na engrenagem do YouTube, que, por outro lado, pondera que a preocupação com a saúde dos colaboradores vem em primeiro lugar. Segundo a companhia, alguns times envolvidos com a busca por conteúdos sensíveis não podem trabalhar de casa, justamente, por conta de suas atribuições, enquanto outros vivem em regiões que não possuem a infraestrutura necessária para que realizem as análises ou mantenham o ritmo que tinham nos escritórios.

Sobre o futuro, porém, o Google manteve a incógnita, afirmando apenas, no próprio relatório, que sistemas automatizados e moderadores humanos continuarão a trabalhar lado a lado. A empresa pede que os criadores que acreditarem terem sido erroneamente atingidos abram pedidos de revisão de conteúdo, que passam pelas mãos de funcionários da empresa capazes de restabelecer a publicação quando necessário.

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Fonte: YouTube Community Guidelines