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Você é viciado em redes sociais? A ciência pode explicar isso

Por| 02 de Fevereiro de 2017 às 15h25

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Você é viciado em redes sociais? A ciência pode explicar isso
Você é viciado em redes sociais? A ciência pode explicar isso

Já parou para pensar a razão pela qual você não consegue conter a vontade de ver a movimentação nas redes sociais, com seus posts, fotos, likes e compartilhamentos? A ciência pode ter uma resposta pra isso.

Pesquisadores de uma universidade em Berlim pesquisou um grupo de usuários aficcionados pelo Facebook, usando equipamentos de monitoramento cerebral para detectar reações físicas das cobaias enquanto eles usam a rede social.

De acordo com o neurocientista Dar Meshi, responsável pelo estudo, a resposta cerebral em momentos em que o usuário é elogiado ou reconhecido nas redes sociais pode gerar um vício tão poderoso quanto a necessidade humana por comida.

“O Facebook é uma plataforma que permite a obtenção de recompensas sociais a qualquer momento, em uma frequência e quantidade maior do que nunca", afirmou o especialista.

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Para Adam Gazzaley, neurocientista da Universidade da California (San Francisco), esta sensação de prazer pode muitas vezes tomar o nosso cérebro de refém, desviando a atenção do usuário de outras coisas mais urgentes, como o trabalho, por exemplo.

"Nosso cérebro evoluiu para a busca por alimento, e agora buscamos por informação. Os smartphones tornaram a informação acessível o tempo todo, em nossos bolsos. Nosso instinto de busca pode ser distorcido por este acesso facilitado", afirmou Gazzaley.

Apesar disso tudo, não existem provas que este vício por redes sociais seja capaz de danificar cérebros ou "emburrecer" o usuário. Mesmo assim, Gazzaley aponta que o estímulo que ele exerce sobre uma pessoa é capaz de interferir no suposto funcionamento normal de uma pessoa.

Segundo os pesquisadores, este vício pode ser comparado a outros como o de jogos, em um conceito chamado de recompensas variáveis. Se não sabemos o que vamos receber, nós sempre voltamos. As redes sociais tem este poder.

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As pequisas chegaram a registrar leituras cerebrais em que usuários apresentaram aspectos similares a pessoas viciadas em substâncias químicas, com excesso de atividade em determinados centros do cérebro. Por outro lado, somente viciados em drogas apresentam alterações em centros do cérebro que envolvem o controle do comportamento.

O que isso quer dizer, segundo os pesquisadores? Simples: é possível curar o vício em redes sociais, mas muitos não fazem isso porque não enxergam isso como um problema.

Enfim, é difícil saber quando as redes sociais são um vício ou um hábito. O que você acha? Conta para a gente nos comentários.

Fonte: The Wall Street Journal