TSE usa bots para tirar dúvidas de eleitores nas redes sociais
Por Felipe Demartini | 20 de Setembro de 2018 às 10h32
Os robôs, normalmente, são vistos como agentes de fake news nas redes sociais, mas o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está utilizando essa tecnologia para o exato oposto. Ele tem bots funcionando em seu perfil no Twitter e também no Facebook Messenger, respondendo automaticamente às perguntas de eleitores e facilitando a escolha deles na hora da votação.
No mensageiro, por exemplo, o funcionamento é semelhante ao de um sistema de atendimento, com a primeira mensagem enviada à conta abrindo uma série de opções que incluem dúvidas principais sobre o processo de votação e apuração e uma pesquisa sobre todos os candidatos que participam da disputa.
Um dos recursos mais úteis, porém, permite que o usuário cheque a regularidade de seu título eleitoral. Ao enviar uma mensagem com nome completo e número do documento para o bot, é possível solicitar uma busca no bando de dados do TSE, que mostra se o cidadão pode ou não votar nas eleições do começo de outubro, de acordo com a quitação dos anos anteriores, entre outros fatores.
O recurso também permite que os usuários que perderam seus títulos recuperem algumas informações, como o número e a zona eleitoral. No Brasil, o título não é necessário para ir às urnas, bastando um documento com foto, mas o eleitor precisa saber onde deve comparecer para fazer sua escolha. O bot do TSE, então, ajuda nesse quesito.
Ainda, a tecnologia dá acesso completo a números e informações dos candidatos, bem como links para seus planos de governo. Novamente, inserindo informações como nome e realizando a pesquisa, é preciso saber se uma candidatura é válida ou não, o número do político verificado e, também, suas propostas para as diferentes áreas, bem como acessar um site onde todos prestam contas regularmente sobre suas campanhas.
No Twitter, o funcionamento é semelhante, mas ativado a partir do sistema de mensagens diretas da rede social. Todas as consultas, é claro, são gratuitas e podem ser feitas durante as 24 horas do dia, uma vez que o sistema é automatizado e funciona a partir de bancos de dados públicos, não dependendo de interferência humana para funcionar.
Fonte: Exame