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Troll deleta perfis de atrizes pornô no Instagram: "luta contra conteúdo adulto"

Por| 18 de Abril de 2019 às 15h35

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Um único indivíduo alega ter sido o responsável pela remoção de 250 a 300 perfis no Instagram, todos pertencentes a atrizes pornôs. A pessoa, identificada no Twitter apenas como Omid, afirma estar realizando uma cruzada contra o conteúdo adulto na rede social, atacando diretamente uma das principais maneiras usadas pelas intérpretes para se conectarem com suas bases de fãs, segundo as próprias.

Sempre com um inglês cheio de erros, o responsável pelo perfil afirma que a indústria pornográfica está arruinando a sociedade atual e acabando com os valores da juventude. Por isso, ele decidiu atacar onde dói, mas não revelou seus métodos. Ele ameaça atrizes antes de os perfis serem tirados do ar e também depois, quando as contas são removidas, alegando responsabilidade sobre isso.

Boa parte das contas removidas contava com centenas de milhares de seguidores e pertenciam a atrizes de renome na indústria. Em muitos casos, os espaços também serviam como local de compartilhamento não apenas dos trabalhos das intérpretes, mas também para anunciar perfis pagos em sites de venda de vídeos individuais, pacotes de fotos ou contas “quentes” em sites como Snapchat, meios de monetização que, ao contrário dos filmes “tradicionais”, vão direto para os bolsos das intérpretes.

A onda de banimentos também estaria abrindo as portas para golpes virtuais, com as atrizes recebendo ofertas para retorno das contas à rede social. O pagamento variaria de US$ 1,5 mil a US$ 2,5 mil, mas não existem informações de que esse tipo de serviço realmente seria eficaz. O suporte da rede social, também, faria pouco para restabelecer o acesso das intérpretes ou mesmo responder aos questionamentos delas.

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As remoções de perfis acompanham um movimento cada vez maior do Instagram, que vem realizando mudanças em seus algoritmos e sistemas internos, justamente, para desprestigiar o conteúdo adulto. A publicação de imagens contendo nudez é terminantemente proibida na plataforma, mas a rede social também possui outras regras que se posicionam contra o conteúdo adulto.

De acordo com um porta-voz da empresa, não é permitida, por exemplo, a oferta de serviços sexuais por meio da plataforma ou tentativas de proporcionar encontros entre os usuários. Além disso, o Instagram também tem se posicionado contra a venda de conteúdos eróticos, excluindo links a sites dessa categoria e até limitando a possibilidade de publicação no feed ou nos Stories para quem divulga esse tipo de serviço.

Em resposta à reportagem, o Instagram afirmou que as regras mais rígidas em relação a conteúdo sexual têm a ver com a variedade de usuários, com diferentes culturas, idades e alinhamentos. Por isso, a oferta de serviços sexuais e a postagem de nudez não é permitida, mas a companhia não explicou as restrições às postagens nem o funcionamento do algoritmo, que estaria tornando menos visíveis as publicações de perfis ligados à indústria adulta.

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Além disso, a rede social negou que uma única denúncia possa ser a responsável pela remoção de um perfil. O Instagram reavaliou as desativações pelas quais Omid assumiu responsabilidade por meio do Twitter e disse que a maioria delas violaram as políticas de publicação de conteúdo sexual na plataforma, mas que não existiram casos em que somente uma pessoa foi suficiente para o banimento.

Por outro lado, ao analisar as contas, a plataforma também admitiu que algumas das retiradas aconteceram de forma equivocada e, por isso, os perfis foram restabelecidos. O Instagram não deu mais detalhes sobre os processos de avaliação nem falou em razões exatas para a remoção de perfis específicos.

Fonte: Jezebel