Representantes do governo dos EUA se reúnem com empresas na sede do Facebook
Por Rafael Rodrigues da Silva | 05 de Setembro de 2019 às 08h40
Na quarta-feira (4) representantes do Facebook, Google, Twitter, Microsoft e membros do FBI, do Diretório de Inteligência Nacional e do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos se reuniram no Vale do Silício para discutir estratégias e coordenar equipes de segurança já pensando nas eleições presidenciais que ocorrerão nos Estados Unidos em 2020.
O encontro, que aconteceu na sede do Facebook em Menlo Park, na Califórnia, acontece cerca de 14 meses antes das eleições em questão, e é visto como algo necessário para proteger a democracia do país. Isso porque, na última eleição para presidente, em 2016, agências russas utilizaram as redes sociais para criar campanhas de desinformação e atrapalhar o processo eleitoral do país.
Desde a descoberta dessa interferência — que teve relação direta com o escândalo da Cambridge Analytica —, diversas dessas gigantes de tecnologia têm se mantido na defensiva sobre a influência que tiveram no resultado das eleições, mas internamente discute-se que elas poderiam ter feito mais para impedir a propagação de mentiras e campanhas de difamação online.
Essa não é a primeira reunião do tipo que ocorre entre essas empresas e agentes do governo: em maio do ano passado, a maior parte dessas companhias já haviam se reunido para discutir modelos de cooperação para evitar a propagação de campanhas de difamação e a interferência estrangeira durante o processo das primárias, que iriam escolher o candidato do Partido Democrata que disputará a eleição de 2020 contra Donald Trump.
De acordo com um representante do Twitter, reuniões desse tipo são importantes para que se possa garantir a integridade de todo o processo eleitoral, e ele disse que a empresa está pronta não apenas para fazer sua parte como também ajudar as outras companhias a criar dispositivos de proteção para suas redes.
Até o momento, nenhuma das outras empresas e órgãos de segurança que participaram da reunião se manifestaram sobre.
Fonte: New York Times