Projeto Voldemort | Snapchat acusa Facebook e Instagram por concorrência desleal
Por Nathan Vieira | 23 de Setembro de 2019 às 15h20
O Snapchat está acusando o Facebook de concorrência desleal, e resolveu criar todo um dossiê, apelidado de Projeto Voldemort (Sim, o vilão do Harry Potter, Você-Sabe-Quem) descrevendo as táticas agressivas utilizadas pela empresa para tentar diminuir a competitividade da rival. As informações são do veículo de notícias norte-americano The Wall Street Journal.
A empresa responsável pelo Snapchat alega no documento que os representantes do Instagram (rede social que é controlada pelo Facebook) chegaram a pressionar muitos dos influenciadores da plataforma a parar de postar conteúdo do Snapchat em seu feed do Instagram. Alguns desses influenciadores ainda foram ameaçados de perder o selo de verificação da conta se eles continuassem reproduzindo conteúdo do "Snap" nos stories ou no feed.
O Snap também acusou o Instagram de bloquear conteúdo (desde fotos até vídeos) usando filtros do Snapchat, e de bloquear também a hashtag #snapchat da pesquisa e na guia "Explorar" da rede social em questão. Segundo o Projeto Voldemort, o Instagram também teria impedido os usuários de adicionar links diretos para os seus perfis do Snapchat (e inclusive do Telegram, o concorrente direto do WhatsApp) dentro da plataforma.
E já que estamos falando de concorrência entre o Instagram e o Snapchat, vale lembrar que a empresa de Mark Zuckerberg está planejando um aplicativo que vai funcionar como um concorrente direto do último. Trata-se do Threads, que é basicamente um app de mensagens destinado ao compartilhamento de status e localizações para os amigos mais íntimos. Ele está sendo projetado como um complemento do Instagram e, atualmente, se encontra em fase de testes internos. Sendo assim, talvez as rusgas entre as duas empresas se intensifiquem.
Para entender melhor o posicionamento dos envolvidos, a equipe do Canaltech entrou em contato com as assessorias, de ambas as empresas, mas tanto o Snapchat quanto o Facebook se recusaram a falar sobre o assunto.
Fonte: The Wall Street Journal via Mashable