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Parlamentares europeus estão irritados com as respostas vagas de Zuckerberg

Por| 23 de Maio de 2018 às 14h19

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The Conversation
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Na tarde de ontem (22), Mark Zuckerberg reuniu-se com parlamentares europeus para tirar algumas dúvidas a respeito da forma como o Facebook coleta, armazena e processa dados de seus usuários. Todos esperavam que o encontro fosse similar ao ocorrido recentemente nos Estados Unidos, no qual o CEO da rede social foi razoavelmente prestativo e respondeu aos questionamentos com uma relativa sinceridade. Porém, não foi isso o que aconteceu.

Como explicamos anteriormente, o executivo se esquivou de uma série de perguntas comprometedoras e disparou um discurso claramente ensaiado — e que não sanou nenhuma das dúvidas do Parlamento. Muitos estranharam também o formato do depoimento: primeiro, os parlamentares tiveram cerca de uma hora para fazer as perguntas, e, na sequência, Zuckerberg ganhou aproximadamente 10 minutos para responder a todos de uma só vez.

Os ânimos já se exaltaram ao final do depoimento, quando o presidente do Facebook se desculpou pela sua incapacidade de comentar sobre alguns pontos específicos e anunciou sua saída. Philippe Lamberts, representante da Bélgica, reclamou que suas seis perguntas — todas bem simples e que poderiam ser respondidas com “sim” ou “não” — foram sumariamente ignoradas.  O advogado de Zuckerberg prometeu que sanaria as dúvidas restantes posteriormente por escrito.

À CNBC, Ska Keller, uma das diretoras do Grupo dos Verdes/Aliança Livre Europeia, disse que definitivamente não ficou satisfeita com o que ela ouviu durante o depoimento. “Aquilo foi facilitado pelo formato, não havia a possibilidade de fazer mais perguntas então esse foi um grande problema criado pelo presidente do Parlamento. Ainda assim, o Zuckerberg poderia ao menos ter respondido as questões de forma mais precisa. Mas ele não o fez e só repetiu o que ele disse na abertura”, explicou Keller.

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De fato, o formato do encontro foi definido por Antonio Tajani, italiano responsável por presidir o Parlamento Europeu. Guy Verhofsadt, presidente da Aliança dos Democratas e Liberais pela Europa, também criticou a escolha. “Foi totalmente inadequado. Questões fundamentais sobre o abuso de dados de cidadãos da União Europeia continuam sem respostas e uma compensação para aqueles que tiveram suas informações usadas indevidamente deveria estar mais próxima”, afirmou Guy.

Outro parlamentar que ficou irritado com o encontro foi Udo Bullman, chairman da Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas. “O formato foi uma farsa, pois não permitia qualquer discussão entre Zuckerberg e os membros do Parlamento. Essa reunião só deixou claro que 75 minutos em um círculo pequeno e privado não é suficiente para esclarecer o maior escândalo de dados da história”, disse Bullman, em um comunicado escrito e publicado poucas horas após o incidente.

Fonte: Gizmodo, CNBC