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Para ex-funcionário do Facebook, empresa precisa cuidar de seus moderadores

Por| 19 de Março de 2019 às 21h10

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Para ex-funcionário do Facebook, empresa precisa cuidar de seus moderadores
Para ex-funcionário do Facebook, empresa precisa cuidar de seus moderadores
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O ex-diretor de segurança do Facebook, Alex Stamos, conversou com o site The Verge durante o SXSW, evento que aconteceu na última semana em Austin, nos Estados Unidos. Ele participou do Vergecast, podcast do veículo, e falou mais uma vez sobre questões ligadas à sua antiga empresa.

Em setembro do ano passado, Stamos havia se pronunciado no Twitter sobre a polêmica em relação ao WhatsApp passar a ter publicidade. Na época, ele levantou que a plataforma deve, sim, aceitar um modelo de negócios que inclua propagandas.

Agora, no podcast, ele falou principalmente sobre moderação nestas redes. Uma das matérias especiais do apresentador Casey Newton, recentemente, foi sobre as pessoas que trabalharam tendo que acompanhar posts que envolvem crimes e discurso de ódio na plataforma. Newton questionou se estas pessoas não deveriam receber mais por isso. Stamos foi enfático em dizer que sim. “Sempre podemos pagar mais às pessoas”, ele completa.

O problema, segundo ele, é que geralmente são empresas terceirizadas que fazem a contratação destas pessoas para regular tais posts. No caso, ele cita a gigante de prestação de consultoria Accenture, e que dependeria dela oferecer tais condições a seus funcionários.

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O ex-funcionário aponta que isso deva mudar nos próximos anos quando a companhia talvez passe a usar mais de pessoal interno para isso. “Meu chute é de que, em 10 anos, o Facebook ainda tenha o mesmo tanto de moderadores fazendo coisas diferentes. Eu acho que ele terá de trazer mais deles para dentro de casa e oferecer suporte, especialmente para quem realmente trabalha com coisas de alto risco como assédio, bullying e assuntos relacionados a crianças”, aponta.

Ainda, ele acredita que o Facebook tenha responsabilidade sobre problemas do tipo em sua plataforma, o que também ajudaria a diminuir o quão isso é nocivo para os funcionários que moderam estes conteúdos.

“Tem mais violência em casa para pessoas que trabalham com este tipo de emprego. Isso é razoavelmente aceito porque você tem o mesmo problema com policiais, trabalhadores sociais e pessoas que precisam trabalhar com coisas por vezes horríveis. Assim, eu acho que a empresa tem, sim, a responsabilidade de ajudar tais pessoas”, enfatiza.

Fonte: The Verge