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Estado Islâmico pode ter usado o Facebook para comprar armas

Por| 12 de Abril de 2016 às 13h04

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Estado Islâmico pode ter usado o Facebook para comprar armas
Estado Islâmico pode ter usado o Facebook para comprar armas
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Em mais um indício de que as novas tecnologias de comunicação estariam sendo usadas por terroristas, surgiram relatos de que o Estado Islâmico (ISIS) teria usado o Facebook para comprar armas e explosivos. Os equipamentos seriam usados para abastecer a guerra que vem acontecendo no Oriente Médio, onde o ISIS tenta conquistar cada vez mais territórios e incentiva ativamente a matança de infiéis e pessoas contrárias à sua causa.

Entre os frutos das negociações estariam metralhadoras, rifles, revólveres, pistolas, lança-granadas e até mísseis e foguetes. As armas, de fabricação russa, americana e inglesa, seriam negociadas por traficantes baseados principalmente na Líbia. De acordo com os dados da Armament Research Services, responsável por uma investigação sobre o caso, teriam sido, pelo menos, 97 tentativas de comercializar esse tipo de material para terroristas.

A transação ocorria de forma bem parecida com a venda de qualquer outro produto. Utilizando grupos privados, os vendedores postavam fotos, vídeos e informações sobre as armas, além do preço cobrado. A negociação acontecia por meio de mensagens privadas pelo Messenger ou ligações telefônicas, até que o material era entregue em mãos e trocado, costumeiramente, por dinheiro vivo.

Os equipamentos entrariam na Líbia a partir de diversas rotas, até mesmo algumas já conhecidas, utilizadas pelo tráfico internacional de armamentos. Um dos principais caminhos, por exemplo, seria a importação oficial feita pelo governo do país antes da queda de Muammar al Kadafi, em 2014. Com a tensão política, muitos dos itens acabaram nas mãos de guerrilheiros e negociantes do mercado negro, que agora, estariam transferindo-as para as mãos do ISIS.

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A denúncia serve como uma mancha bem grande no trabalho que vem sendo realizado entre governos do mundo e o Facebook, que se compromete, desde 2014, a combater ativamente as atividades terroristas e ilegais em seus sistemas. A venda de armas, por exemplo, é proibida na rede social desde o começo deste ano, mas a restrição parece não ter mudado muita coisa na forma de atuação de terroristas e traficantes.

Entretanto, a empresa afirma estar tomando atitudes para conter o problema. Dos sete grupos citados pela investigação do Armament Research Services, seis já teriam sido retirados do ar. Entretanto, como todos sabem, os terroristas são versáteis e possuem alto conhecimento sobre o mundo digital, o que faz pensar, apenas, que se uma das portas para esse tipo de transação foi fechada, eles rapidamente encontrariam outra.

Fonte: The Times