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Facebook Watch vai crescer. Será que ele vai superar o YouTube?

Por| 06 de Dezembro de 2017 às 17h32

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Facebook Watch vai crescer. Será que ele vai superar o YouTube?
Facebook Watch vai crescer. Será que ele vai superar o YouTube?
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Em agosto, o Facebook anunciou a chegada de sua própria plataforma de vídeos, o Facebook Watch. Inicialmente disponível apenas nos Estados Unidos, o serviço visa bater de frente com a gigante que domina este segmento: o YouTube, da Google.

Já em novembro, a empresa de Mark Zuckerberg divulgou seus planos para começar a internacionalizar o serviço, que ainda não chegou ao Brasil. Ainda assim, a companhia mostra que não está de brincadeira nessa investida, que, em breve, se tornará mundial e terá poder para destronar o rival.

O que é, exatamente, o Watch

Segundo o Facebook, o Watch é uma nova plataforma de programas em vídeo na internet. Até o momento, o serviço se diferencia do YouTube porque exibe uma programação autoral, criada por canais e autores parceiros do Facebook, não ficando aberto para o público geral publicar vídeos por ali.

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Entre seus recursos, há uma página de descobertas com recomendações de novos conteúdos, e um feed onde aparecem comentários e reações dados pelos usuários. Para os criadores e editores, o Watch tem como objetivo ajudá-los a construir uma audiência com base na popularidade da rede social, podendo ganhar dinheiro com seu trabalho.

Por que o Watch tem poder de massacrar o YouTube?

À medida em que o Facebook está perto de esgotar suas possibilidades de ampliar a receita obtida por meio de anúncios, a companhia mira em outros meios de ganhar dinheiro com publicidade. E, por isso, o Watch pode ser extremamente lucrativo ao Facebook, já que abre todo um novo mundo de possibilidades para monetizar a coisa toda.

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Por esse motivo, a empresa de Zuckerberg deverá trabalhar de maneira intensa para fazer o Watch decolar – e nada vai garantir mais sucesso à plataforma do que desbancar a concorrência. Então, para atrair anunciantes, o Facebook precisa de inventário para gerar anúncios. Para isso, a empresa começou a pagar aos criadores de conteúdos originais para que eles movimentassem o Watch inicialmente.

Ainda, no formato de negócios atual, o Watch divide 55% da receita de anúncios com os criadores de conteúdos, enquanto o resto fica com o Facebook. Essa é uma maneira de atrair produtores de conteúdos em vídeo à plataforma, à medida em que esses conteúdos geram acessos, que, por sua vez, se transformam em dados vendáveis a anunciantes em potencial.

Vídeos são uma prioridade para o Facebook

Não é uma novidade que os vídeos são uma prioridade ao Facebook. Já faz um tempo que a empresa de Zuckerberg vem investindo nesse tipo de coisa, e prova disso foi a chegada dos Stories ao Instagram, causando uma queda tremenda na base de usuários do Snapchat. E, agora, os Stories do "Insta" também são exibidos na rede social.

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Mas, voltando ao YouTube, enquanto a plataforma de vídeos da Google possui maior quantidade de visualizações do que qualquer outra, o Facebook, antes mesmo do lançamento do Watch, já gerava 100 milhões de horas de tempo de exibição de vídeos em seu feed. O tempo de exibição no YouTube cresceu 60% em 2017, mas o Facebook duplicou suas visualizações diárias de vídeo, de quatro a oito bilhões, e tudo isso em apenas seis meses em 2015. Se a coisa continua nessa pegada, pode-se prever que as visualizações diárias de vídeos no Facebook estejam em mais de 64 bilhões.

Previsões para o Watch

Com base em todos esses dados, e considerando a ambição de Mark Zuckerberg, o mercado pode prever que o Watch ultrapassará o YouTube, ao menos no que diz respeito a conteúdos originais publicados por criadores. E esses criadores, que dependem de uma boa receita para se manterem ativos, certamente priorizarão uma plataforma mais rentável, ainda que isso signifique ter que construir uma outra base de fãs.

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Sendo assim, podemos dizer que Zuckerberg está com a faca e o queijo na mão. Só falta cortar e abocanhar mais um mercado altamente rentável na internet.

Fonte: Mashable